segunda-feira, 24 de fevereiro de 2020

Encontro de Avaliação do P1+2

As agricultoras e os agricultores que conquistaram a cisterna e o fomento, para fortalecer a produção no quintal, através do Programa Uma Terra e Duas Águas (P1+2) mostraram no Encontro Territorial que com a conquista do Programa conseguiram, cultivar hortaliças para consumo da família e vender o excedente. Também, aumentaram a criação com a implementação de aviário, pocilga e o aprisco.
Participaram do Encontro 50 agricultores (as) e representantes da comissão municipal dos municípios de Santana do Ipanema-AL e Ouro Branco-AL.
Além da mudança que fortaleceu o agroecossistema, eles disseram que as formações contribuíram para superar a timidez, pois para alguns, a dificuldade para se comunicar era maior e atualmente conseguem vender em feiras e na comunidade os produtos que cultivam.
No Encontro os participantes trocaram informações sobre o avanço e as consequências do agrotóxico, a produção agroecológica, a causa da pobreza e da fome, previdência social, a importância de políticas para fortalecer a economia local e a convivência no Semiárido.
Nessa troca de experiência para informação e avaliação do P1+2 a agricultora Quitéria Santos da comunidade Camoxinga em Santana do Ipanema-AL destacou: “Antes da cisterna quebrei muito balde e pote que carregava na cabeça, quando ia buscar água distante de casa; Era um sofrimento. Depois que consegui a cisterna cultivo quiabo, cebola, coentro, couve, pimentão. E ainda crio os pequenos animais. O tempo que eu ia buscar água é o tempo que estou cuidando da minha horta. A vida da minha família mudou muito depois do Programa”.
A agricultora Evaneide Melo dos santos da Barra do Tigre em Santana do Ipanema-AL ressaltou: “No lugar onde moro é uma serra e a gente sofria para conseguir água. Até para comprar era difícil encontrar quem queria subir a serra para leva à água. Depois da cisterna não quero mais sair do lugar onde vivo. Porque tenho água, crio meus animais e planto as hortaliças. O que planto já não compro, e consumo alimentos saudáveis”.
Nesse diálogo, a agricultora Maria Zélia da comunidade Serrote dos Bois em Santana do Ipanema-AL disse: “Depois da cisterna enxurrada comecei a cultivar as hortaliças para o consumo e ainda vendo na comunidade. Conquistei a pocilga e comecei a criar os porcos. Minha vida mudou muito”.
Para agricultora Gilene Cassiano Santos da comunidade Serrote dos Bois, em Santana do Ipanema-AL, com a cisterna foi possível plantar e estocar a água. “Antes eu via o repolho na feira e não podia comprar. Agora ao redor da cisterna cultivo couve, repolho, coentro, cebolinha, pimentão. Eu posso comer verduras que antes eu não podia comprar”.
Gilene Cassiano continuou “a cisterna de primeira água e segunda água transformou minha vida. Lembro que quando meus filhos eram crianças eles choravam com fome e sede e eu só tinha um baldinho com água. Então decidi dá a água para eles beber e ficamos com fome. Porque a água que tinha não dava para beber e cozinhar. O sofrimento para conseguir água só passou depois das cisternas”.
As ações do P1+2 foram realizadas em Ouro Branco e Santana do Ipanema para 201 família em 2018. Mas em 2019 apenas as 70 famílias de fomento continuaram com a assistência do Programa. Através do P1+2 foram construídas 191 cisternas, 10 barreiros trincheiras, intercâmbios, Encontros de avaliação e capacitações.
O Encontro de Avaliação do P1+2, da Articulação Semiárido Brasileiro (ASA Brasil) foi realizado na Universidade Estadual de Alagoas (Uneal) nos dias 19 e 20 de fevereiro.
Ascom Cdecma

terça-feira, 18 de fevereiro de 2020

Sociedade realiza conferência de SAN no Semiárido alagoano

Agricultores (as), representantes da sociedade civil, da Articulação Semiárido Alagoano (ASA) e Consea, professores (as), técnicos, estudantes e outros convidados participarão da Conferencia Popular de Segurança Alimentar e Nutricional dos territórios do Médio Sertão e da Bacia Leiteira, que ocorrerá nessa quarta-feira (19), na Uneal em Santana do Ipanema. Na Conferência, os participantes encaminharão as propostas para superação da fome, desigualdade social e produção de alimentos saudáveis.
Ascom Cdecma

sexta-feira, 7 de fevereiro de 2020

União dos territórios para realização da SAN no Semiárido Alagoano

Os participantes da comissão organizadora da Conferência Popular de Segurança Alimentar e Nutricional (SAN) se reúnem para planejar e discutir estratégias de apoio à realização da Conferência, que ocorrerá no dia 19 de fevereiro de 2020, no auditório da Uneal em Santana do Ipanema-AL. Segundo a comissão, a SAN tem o objetivo de ampliar e fortalecer a caminhada de luta nos territórios do médio Sertão e Bacia Leiteira pelo direito a segurança alimentar, nutricional e hídrica.
Na Conferência serão discutidas as temáticas sobre a liberação e o crescimento do uso do agrotóxico e da transgenia, e os impactos socioambientais em Alagoas; Economia local; causas e consequências da pobreza e extrema pobreza no Semiárido alagoano: Insegurança alimentar e o direito humano a alimentação saudável; ASA e os programas de acesso a água: produção de alimentos saudáveis e as políticas PAA, PNAE e Sementes Crioulas no Estado.
As temáticas serão apresentadas por professores da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), Instituto Federal de Alagoas – Campus Santana do Ipanema, da Articulação Semiárido Alagoano (ASA Alagoas), Conselho Estadual de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea).
Da conferência serão indicadas as propostas para superação da fome e insegurança alimentar no campo e na cidade, e quatro delegados por município para participar da Conferência Estadual. Na SAN Estadual serão indicados os delegados que participarão da SAN nacional.
Além, dos territórios do médio Sertão e Bacia Leiteira, o território do Alto Sertão e Maceió já realizaram suas conferências de SAN. Próxima conferência está prevista para acontecer no território do Agreste.
Ascom Cdecma