sábado, 6 de outubro de 2018

Luta para produzir e luta para vender

Agricultores e agricultoras passam constrangimento e tem perdas na venda da produção de alimentos. Eles entregam hortaliças, frango e ovos de galinha caipira para alimentação escolar do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) em Maravilha-AL. Mas faz duas semanas que a Secretaria de Educação não solicitou os produtos e eles fizeram o planejamento para realizar a entrega semanalmente. Como a Secretaria não fez o pedido, de acordo o combinado, o grupo disse que ficou sem entregar 116 bandejas de ovos, 112 kg de frangos e as hortaliças. “O fato de não ter a entrega ficamos com grande prejuízo, porque tem muitos ovos e encontramos dificuldade em comercializar todo o produto. Pois, só aumentamos a produção porque acreditávamos que a entrega seria semanal”, disse a agricultora Alda Maria Pereira Xavier. O agricultor Arlindo Lopes santos destacou: “ O que estamos vendo é a falta de articulação. Precisamos que a secretaria entregue uma planilha com o dia de recebimento semanal e a quantidade, porque a forma que está prejudica o grupo”. Na perspectiva de encontrar a solução, de evitar que a situação se repita e obter da Secretaria de Educação um cronograma com especificação de quantidade e definição do dia da semana para entrega dos produtos, o grupo solicitou que o secretário de agricultura, a secretária de educação e a nutricionista do município participassem de uma reunião na sede da Pastoral da Criança na manhã dessa quinta-feira (4). O secretário de agricultura Aldeny Santos Menezes mandou um representante para ouvir os agricultores (as), mas a secretária de educação Adriana Nunes Paulino Silva e a nutricionista não compareceram. Porém, essa não é a primeira vez que os agricultores (as) tentam uma reunião com a secretária. Ela já foi convidada para dialogar sobre esse assunto nos dias 25 de abril, 9 de maio e 4 de setembro de 2018. No entanto, ela não compareceu. A secretária não aparece nas reuniões e os agricultores (as) que investiram para aumentar a produção acreditando que teriam uma entrega semanal da alimentação para o PNAE, estão sendo prejudicados.
Elessandra Araújo