terça-feira, 24 de abril de 2018

Agricultora alagoana participa do Intercâmbio na América Central

“Levo para o intercâmbio a experiência de ser produtora do combustível da vida que é o alimento, cultivado em um pequeno espaço produtivo que pode ser identificado como quintal. Temos a produção de milho, feijão de corda, macaxeira e verduras. Temos potencial na fruticultura, apesar da seca dos últimos anos ter dado uma grande baixa na produção. Também, produzimos vinho, doce e mudas de plantas”, disse a agricultora e integrante da Articulação Semiárido Alagoano (ASA), Vera Lucia Félix Brito do Sítio Serra Bonita em Palmeira dos Índios-AL. A agricultora Vera Lucia participa do intercâmbio na América Central com a delegação da ASA Brasil. No período de 23 a 24 o grupo visita El Salvador e de 25 a 27 a Guatemala. Eles levam a experiência da produção agroecológica e vão aprender como os campesinos e campesinas vivem na região atingida pela seca. Na matéria divulgada no site da Articulação Semiárido Brasileiro pela ASAcom, no dia 19 de abril, com o título Intercâmbio entre quem cultiva alimentos em áreas secas do planeta é mostrado o que motiva a realização de momentos tão importante na história da ASA para compartilhar conhecimento e experiência. “O intercâmbio contribui para o fortalecimento do campesinato e a construção de uma identidade camponesa nas regiões secas”, disse a agricultora Vera Lúcia. O intercâmbio é promovido pela Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) e a Articulação Semiárido Brasileiro (ASA), através do projeto Cooperação Sul-Sul para o manejo de recursos naturais e produtivos em zonas áridas e semiáridas no Corredor Seco da América Central. O lugar de produção A agricultora vive em um sítio, onde os agricultores e agricultoras dispõem de pouca terra para plantar, o acesso à água para beber e cozinhar veio através do Programa da ASA e para produzir alimento utilizam água de açudes e cisterna. “Graças às organizações que compõem a ASA nós conquistamos a água de beber e cozinhar da AP1MC. Quanto à água de produção apenas quatro famílias dispõem a cisterna calçadão. Para produzir usamos água dos açudes, embora passe dentro da nossa comunidade uma encanação de água, mas não podemos pegar”. Uma mulher resistente, que muito tem contribuído para produção de alimento e na luta por políticas públicas para o fortalecimento da agricultura familiar. Vera Lúcia Félix de Brito representa com a delegação da ASA a agricultura familiar do Semiárido Brasileiro que trabalha no enfrentamento da pobreza e da fome.
Na foto tirada pela delegação, Vera Lúcia ocupa a segunda posição à direita.
Eline Souza – Comunicadora popular UG Cdecma

domingo, 22 de abril de 2018

Feira da agricultura em Maravilha

Produtos da agroecologia, da culinária e artesanatos da agricultura familiar são comercializados toda primeira e quinta-feira de cada mês, em frente ao mercado público no município de Maravilha-AL. Os produtos são comercializados pelos agricultores e agricultoras que veem na feira uma forma de escoar o excedente produzido pela família.
“Desejamos fortalecer o desenvolvimento do agricultor e agricultora, e esperamos que o grupo possa crescer e aumentar a produção agroecológica. A feira traz mais esperança para o agricultor familiar”, disse o apicultor Amilton Bezerra.
A feira é um sonho dos agricultores e agricultoras que era realizado em 2012, mas devido ao período de estiagem ocorrido no período de 2012 a 2016 eles interromperam essa atividade, porque houve diminuição da produção.
Nesse mês de abril, o grupo junto com o Cdecma retornou para comercializar os produtos que consegue produzir com a família, e mostra que apesar das dificuldades, principalmente devido à falta de assistência técnica, eles conseguem produzir.
Eline Souza – Comunicadora popular
UG Cdecma

sábado, 21 de abril de 2018

Um programa que transforma o Semiárido

Agricultoras e agricultores da comunidade Caracol em Santana do Ipanema serão contemplados com as ações do Programa de formação e mobilização para convivência no Semiárido. A equipe do Cdecma apresentou o Programa Uma Terra e Duas Águas (P1+2) na comunidade, no dia 19 de abril de 2018. Até dezembro desse ano, cem famílias conquistarão as ações do Programa em Santana do Ipanema-AL.
O Programa está sendo realizado em comunidades de Ouro Branco e Santana do Ipanema para atender 201 famílias, e tem o objetivo de fortalecer a produção de alimento agroecológico no Semiárido alagoano e combater a pobreza.
Nessa etapa do P1+2 que está sendo desenvolvida em parceria com a Articulação Semiárido Brasileiro (ASA) e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), setenta família serão acompanhadas através do Programa com assistência técnica e o fomento. Porém, as 201 conquistarão as cisternas calçadão, enxurrada e barreiro trincheira, e as demais ações previstas no P1+2, para o desenvolvimento da agricultura familiar e convivência no Semiárido.
Etapa e espaço
O Programa foi apresentado em março para líderes comunitários, que identificaram as comunidades para implementar o P1+2 e formaram a comissão municipal. Após essa etapa a equipe do Cdecma com o apoio da comissão municipal vem apresentando o Programa nas comunidades para identificar as famílias e fazer a seleção e cadastramento.
E é nos espaços que eles dispõem para fazer as reuniões da comunidade, que o P1+2 é apresentado, embaixo de pé de cajueiro, no alpendre da casa, em grupos desativados, em sede de associações. Nesses lugares as famílias buscam conquistar o direito social.
Eline Souza – Comunicadora popular.
UG CDECMA

quinta-feira, 5 de abril de 2018

I Obelutte no Semiárido Alagoano

O auditório Graciliano Ramos da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) Campus Sertão, ficou repleto de estudantes, professores, técnicos, representantes de entidades que integram a Articulação Semiárido Alagoano (ASA) e outros visitantes, na abertura do I Seminário do Observatório de Estudos sobre as Lutas por Terra e Território (Obelutte), que iniciou na noite de terça-feira. O seminário que acontece no período de 3 a 5 de abril traz uma programação com temáticas voltada para o desenvolvimento do ser humano, baseado na construção do direito a vida, uma vida com acesso a terra, a água, a educação, a saúde, a semente crioula. Nesse espaço de construção do conhecimento, a abertura do evento foi marcada com a apresentação musical de Neudo Oliveira e da professora Virgínia Fontes da FIOCRUZ e Universidade Federal Fluminense (UFF), que dialogou com os participantes sobre a expansão dos transgênicos no Brasil: capital-imperialismo e a monopolização da produção social da vida. Também outros professores da UFAL, do Instituto Federal de Alagoas (IFAL), da Universidade de Pernambuco (UPE), da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste/PR), representantes de povos indígenas Kariri-Xocó-BA e Kalankó-AL , da comunidade quilombola Serra das Viúvas –AL, do Movimento dos Sem Terra (MST) e ASA/AL estarão contribuindo com os participantes sobre as temáticas que revelam a violência do capital contra o povo no campo e a luta por terra e território. Segundo o representante da ASA/Al pelo Cdecma, Albani Vieira “a sociedade alagoana ganha muito com a realização do Obelutte, que traz temáticas importantes sobre a vida da sociedade para resistir a opressão do capital. O capital que expulsa o trabalhador de suas terras, se apropria dos recursos naturais e domina o trabalho escravo. Desejamos que esse seminário aconteça nos próximos anos, por isso nós da ASA parabenizamos a equipe do Obelutte na pessoa do Professor Lucas Gama, do Campus Sertão, que tem contribuído com pesquisa para o crescimento social ” .
Elessandra Araújo