domingo, 13 de dezembro de 2015

Membros da CNCD propõem ações imediatas para combate a desertificação

A Comissão Nacional de Combate a Desertificação composta por 44 representantes de setores da sociedade civil e dos governos Federal, estaduais e municipais e do setor produtivo relacionados com o tema, se reuniu no dia 08 de dezembro no Ministério do Meio Ambiente em Brasília. Porém, para essa reunião compareceram 15 participantes, desses 10 representavam a sociedade civil. Apesar de todo esforço do Departamento de Combate a Desertificação do MMA através de Francisco Campello, a comissão está fragilizada, isso caracteriza a falta de interesse de representantes públicos sobre a temática desertificação. Na reunião, Francisco Campello fez um balanço das ações desenvolvidas pelo Departamento de combate à desertificação em 2015, e foi apresentada a quadra chuvosa para 2016, pelo representante do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), Luiz Cavalcante. Segundo ele há previsões do aumento da temperatura até 3 •C (graus) e a diminuição da chuva até março de 2016. Ele afirma também: “O fenômeno Elninõ nas últimas décadas vem reduzindo o período de retorno, que antes era de 8 anos. Agora o Elninõ vem ocorrendo de 5 em 5 anos”. Diante do cenário sobre as previsões climáticas e a degradação da terra, os representantes da sociedade civil propuseram que fosse encaminhado para Presidente Dilma Rousseff o documento da Articulação Semiárido Brasileiro (ASA) SEMIÁRIDO VIVO – NENHUM DIREITO A MENOS! que cobra a continuidade de politicas públicas para convivência no Semiárido e combate a desertificação. Também, indicaram a formação de uma Comissão temporária, para propor medidas de regulamentação da Politica Nacional de Combate a Desertificação e mitigação dos efeitos da seca. A comissão foi formada com três representantes da sociedade civil, e quatro representantes do poder público mais o diretor Francisco Campello. Elessandra Araújo

Mundo aprova acordo histórico em defesa do clima

Por: Lucas Tolentino, enviado especial a Paris - Editora: Alethea Muniz Após negociações em que o Brasil teve papel decisivo, 195 países firmam pacto para frear o aquecimento do planeta Mais de 190 países concluíram, neste sábado (12/12), pacto histórico para conter o aquecimento global. Após intensa negociação em que o Brasil assumiu papel decisivo, a comunidade internacional aprovou o Acordo de Paris com medidas para reduzir as emissões de gases de efeito estufa e, com isso, limitar o aumento da temperatura da Terra em até 1,5ºC até 2100. Liderada pela ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, a delegação brasileira obteve sucesso com a inclusão dos principais pontos defendidos pelo País no texto final do compromisso. As principais questões ligadas às mudanças do clima foram incluídas no acordo. Além de prever aumento para além de US$ 100 bilhões por ano para financiar ações a partir de 2020, o texto final estabelece o objetivo de manter o aumento da temperatura média global a bem abaixo de 2ºC em relação aos níveis pré-industriais e garantir esforços para limitar o aumento da temperatura a 1,5ºC. O documento prevê, ainda, a revisão dos esforços dos países a cada cinco anos, como forma de possibilitar uma maior ambição conforme a circunstância nacional. As questões resolvidas com o pacto incluem a diferenciação entre países desenvolvidos e em desenvolvimento. Defendido e negociado à exaustão pelo Brasil, o posicionamento de que nações devem progressivamente ter obrigações mais robustas foi incluído no texto do acordo. “O Brasil está muito satisfeito com o acordo”, reiterou a ministra Izabella. “O texto adota a flexibilidade e progressão na diferenciação, que é baseada justamente na proposta do Brasil. Vamos, sim, para uma nova fase de clima.” CREDIBILIDADE O aumento da ambição e o restante dos pontos defendidos pelo Brasil fazem parte, agora, do acordo estabelecido na 21ª Conferência das Partes (COP 21), que ocorreu durante as duas últimas semanas em Paris. A ministra Izabella destacou a liderança brasileira na construção do pacto. “Todos reconhecem que somos um país que sempre se colocou para construir soluções”, avaliou. “A atuação brasileira dá credibilidade política para o país para além do que já temos feito em relação à redução de emissões de gases de efeito estufa.” O envolvimento mundial com a questão climática também foi destacado por Izabella Teixeira. A ministra ressaltou que foram quatro anos de negociação diplomática até a aprovação do Acordo de Paris. “É um trabalho de todos, um compromisso com o mundo todo a bordo”, declarou. Para ela, todos os setores, além do governo federal, tiveram participação fundamental. “Há um fortalecimento da política externa brasileira e uma mobilização expressiva da sociedade, com a participação de coalizões e iniciativa empresarias que dão nova abrangência para o debate sobre clima no Brasil. Os líderes mundiais reunidos na COP 21 também comemoraram o sucesso do Acordo de Paris. Presidente da Conferência, o ministro de Negócios Estrangeiros da França, Laurent Fabius, ressaltou o empenho global em resolver questões colocadas por posições individuais dos países signatários da Convenção das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC, na sigla em inglês). “O acordo traz importantes avanços antes vistos como impossíveis de se alcançar”, afirmou. PONTO A PONTO Confira os principais pontos do Acordo de Paris: - Fortalece a implementação da UNFCCC sob os seus princípios - Busca limitar o aumento da temperatura média global a bem abaixo de 2ºC em relação aos níveis pré-industriais e empreender esforços para limitar o aumento da temperatura a 1,5ºC. - Promove o financiamento coletivo de um piso de US$ 100 bilhões por ano para países em desenvolvimento, considerando suas necessidades e prioridades - Estabelece processo que apresenta as contribuições nacionalmente determinadas (INDCs), com metas individuais de cada país para a redução de emissões de gases de efeito estufa - Cria um mecanismo de revisão a cada cinco anos dos esforços globais para frear as mudanças do clima Assessoria de Comunicação Social (Ascom/MMA)

segunda-feira, 7 de dezembro de 2015

Representantes da sociedade civil discutem sobre a desertificação

Os representantes da sociedade civil organizada que participam da Comissão Nacional de Combate a Desertificação (CNCD) se reuniram nesta segunda feira (7) de dezembro, no Ministério do Meio Ambiente, no Edifício Marie Prendi Cruz, quadra 505 Norte, em Brasília para discutir e propor estratégias de ação sobre a situação da desertificação nos estados da região Nordeste, analisar a Política Nacional de Combate a Desertificação, que ainda não foi implementada, a situação dos Planos Estaduais de Combate a Desertificação (PAIS), que também não foram implementados, a diminuição de políticas públicas e do apoio aos Programas de Convivência com o Semiárido. As trocas de ideias contribuirão para fortalecer as propostas que serão colocadas na reunião da CNCD que ocorrerá na terça-feira (8). Participaram da reunião Elessandra Araújo CDECMA/ASA Alagoas, Irenaldo Pereira de Araújo da Ação Social Diocesana de Patos – ASA Paraíba, Paulo Pedro de Carvalho da ONG Caatinga/ASA Pernambuco, Valdeci Xavier Mendes da AMASE/ASA Sergipe, Francisco de Assis Batista da Associação Cristã de Base – ACB/ ASA Ceará, Josimar Coelho Neto da AMAPE ASA Maranhão, José Procópio Lucena do Seapac ASA do Rio Grande do Norte, João Gonçalves do Instituto de Permacultura em Terra Seca (Ipeterrra) ASA Bahia e a representante da ASACOM Catarina de Angola. Elessandra Araújo

domingo, 29 de novembro de 2015

Projeto Cisterna Nas Escolas

O curso de formação em educação contextualizada com o campo e convivência com o Semiárido do Projeto Cisterna nas Escolas da Articulação Semiárido Brasileiro – ASA em Alagoas, desenvolvido pela Associação de Agricultores Alternativos (AAGRA) e RECASA aconteceu nos dia 26 e 27 de novembro de 2015 na Escola Jose Rodrigues Limeira em Maravilha-AL. Participaram do curso professores da rede municipal e técnicos. A professora do Ensino fundamental I, Mª José Lopes Rocha, da Escola Municipal de Educação Básica Joaquim Marques em Maravilha-AL, avaliou: “As cisternas nas escolas é um bem importante para a sociedade, principalmente para comunidade escolar. Esse curso vem aprimorar os nossos conhecimentos e os educadores com esse conhecimento vão passar para a comunidade escolar, para os alunos, vão aprender a conviver e a receber melhor essa água para trabalhar na escola”. O objetivo do curso é contribuir com a implantação de uma proposta de educação contextualizada com as especificidades do campo e Semiárido, tendo em vista a concretização de uma proposta de ensino significante para os alunos que vivem nas comunidades rurais, indígenas e quilombolas, a fim de levar os indicadores da educação e as alternativas de convivência local. Eline Souza – Comunicadora popular Cdecma/ASA/AL

terça-feira, 17 de novembro de 2015

Ato Público por um Semiárido vivo, nenhum direito a menos!

Agricultores e agricultoras, movimentos sociais, entidades não governamentais que integram a Articulação Semiárido Brasileiro (ASA) caminham unidos no Ato Público por um Semiárido vivo, nenhum direito a menos! A concentração ocorreu nessa manhã do dia 17 de novembro saindo da catedral de Petrolina para Juazeiro-BA.
Eline Souza/Comunicadora Poplular

Ato Público que ocorrerá no dia 17 de novembro. Por um Semiárido vivo, nenhum direito a menos!

O caráter político desta manifestação
O caráter de nossa manifestação é de defesa do Semiárido. Portanto, não é contra ou a favor do Governo ou processo semelhante. A centralidade de nossa manifestação é destacar o Semiárido, sua viabilidade, o protagonismo de sua gente e a importância de que não apenas as políticas que já existem para a convivência sejam mantidas no mesmo patamar e/ou ampliadas, como se criem novas. Precisaremos denunciar qualquer tipo de risco que o Semiárido possa correr. Não aceitaremos nenhum direito a menos! Vivemos uma das maiores secas dos últimos tempos. Em alguns lugares, a maior já registrada em 515 anos desde a ocupação portuguesa. Não podemos permitir retrocessos e voltar a vivenciar a miséria, a fome e a morte que marcaram de sangue nossa história. Devemos dar tudo para que o ato seja bonito, traga a cara, os problemas que enfrentamos e nossa força política. NOSSAS CONQUISTAS E NOSSOS AVANÇOS! Contudo, nossa trajetória histórica sempre nos colocará na luta pela Democracia, no respeito à decisão da maioria das pessoas, das quais, muitas delas aqui do Semiárido. Neste intuito, denunciaremos todo e qualquer processo antidemocrático. O impeachment na atual conjuntura é golpe.
Temos que avançar. Recuar, jamais!
Associação Programa Um Milhão de Cisternas para o Semiárido (AP1MC) Articulação Semiárido Brasileiro (ASA)

quinta-feira, 12 de novembro de 2015

P1+2 fortalece a convivência no Semiárido alagoano

Mesmo nesse período de estiagem prolongada à agricultora familiar Vanuzia Lourenço da Silva, que vive na comunidade Jiquiri em Minador do Negrão-AL consegue plantar próximo a cisterna calçadão do Programa Uma Terra e Duas Águas (P1+2). Junto com o esposo ela planta coentro, alface, couve, tomate, cebolinha, entre outras leguminosas e frutíferas. A agricultora destaca: “Em anos anteriores nessa mesma época eu não tinha um pé de cebolinha, porque não tinha a cisterna e o canteiro sapuco. Agora eu consigo tirar baldes de tomate e o que consigo plantar não preciso comprar”. Ela fala da importância das tecnologias sociais para armazenamento de água e recita uma poesia:
Seca forte no sertão! Não se planta feijão, morre o gado, e também a plantação. O Programa cisterna veio para melhorar. Com a 1ª e 2ª água. Devemos dela cuidar. Também tem enxurrada e calçadão. Podemos nelas confiar. Graças a Deus agora que tudo pode mudar. Agora vamos plantar. Das hortaliças cuidar. Temos frutas e verduras para nos alimentar. O barreiro trincheira é importante demais. Perto nascem as gramas, e não morre mais animais. Água é fonte de vida, por isso, não pode faltar: Para as pessoas, as plantas e os animais, porque Jesus vai mandar mais. A agricultora falou também que nesse ano recebeu visitas de alunos de escola da região para desenvolver atividades escolar, próximo a cisterna.
Eline Souza Comunicadora popular UGT CDECMA/ASA.

sexta-feira, 30 de outubro de 2015

Seminário Internacional no Semiárido Alagoano

O II seminário internacional reúne cerca de trezentos participantes no Centro Xingó em Alagoas. Nesse evento representantes da sociedade civil organizada, professores universitários e do ensino técnico, estudantes, técnicos, representantes do poder público Federal, estadual e municipal das regiões Nordeste e Centro Oeste do país e profissionais da Universidade politécnica de Madri discutem ações de convivência com o Semiárido. São vários os debates que estão acontecendo sobre segurança hídrica, segurança energética, inclusão e inserção produtiva, gestão do conhecimento entre outras discussões direcionadas para convivência na região. O coordenador executivo da Articulação do Semiárdo, Albani Vieira da Rocha falou sobre as ações da ASA e os desafios da convivência no âmbito do Desenvolvimento Sustentável. Ele destacou a mudança climática que vem aumentando a escassez da água no Semiárido, sobre a desertificação e a diminuição de políticas pública, que são desafios para convivência com a semiaridez. “precisamos unir nossas forças e agir no combate a fome, a erradicação da pobreza, por uma educação de qualidade e contextualizada e pela ampliação das políticas publicas”, ressaltou. Os resultados dos trabalhos apresentados no Seminário nos dias 29 e 30 de outubro serão publicados em uma revista Sustentabilidade e Debate que será publicada pela coordenação do Centro Xingó. Eline Souza Comunicadora Popular- ASA/UGT Cdecma

segunda-feira, 26 de outubro de 2015

ESTRATÉGIA DE AÇÃO PARA PRODUÇÃO DE ALIMENTOS SAUDÁVEL NO SEMIÁRIDO ALAGOANO

Agricultores e agricultoras, líderes comunitárias, animador de campo e comunicadora popular se reuniram na comunidade Jiquiri em Minador do Negrão-AL, no dia 20 de outubro para trocar experiência de convivência com o Semiárido. No encontro eles discutiram sobre a produção de alimentos saudáveis e as alternativas para viver no Semiárido no período de estiagem. A agricultora Salete Marques que conquistou a cisterna calçadão do Programa Uma Terra e Duas Águas (P1+2) em 2014 mostrou aos participantes os cultivos de cenoura, coentro, tomate, pimentão, cebolinha, couve e frutíferas, adquiridas através do Programa. “Agora posso consumir alimento de qualidade e estou conseguindo porque aprendi nos cursos a fazer o canteiro sapuco. Com esse tipo de canteiro posso plantar de janeiro a janeiro. Também, uso cobertura morta e não descuido das minhas plantas”. O encontro foi marcado pelo depoimento de outros agricultores que estão plantando hortaliças com a técnica do canteiro sapuco. A troca de experiência despertou o interesse dos agricultores e agricultoras que não implementaram a técnica do canteiro. Eles se comprometeram a implantar o canteiro e conseguir produzir no período de estiagem. Além da técnica do canteiro os participantes do encontro discutiram formas de reuso da água, de conservação do solo e da luta contra o agrotóxico.
Eline Souza Comunicadora Popular

sexta-feira, 25 de setembro de 2015

Feijão sem agrotóxico é produzido no sertão alagoano

As sementes de qualidade, sem uso de agrotóxico, produzida pelo agricultor familiar Sebastião Damasceno do sítio Cabaceiro, na comunidade Lages dos Barbosa em Santana do Ipanema-AL é comercializada no restaurante Serafim em Maceió-AL, que trabalha com produtos naturais. “No Semiárido alagoano a agricultura familiar vem produzindo alimentos de qualidade de origem animal e vegetal. Queremos saúde e a saúde começa pela boca. Assim, esperamos encontrar outros espaços para comercializar as sementes crioulas e outros produtos, que são produzidos com respeito a toda forma de vida”, disse o membro do GT de agroecologia do Cdecma-ASA. As sementes comercializadas no dia 22 de setembro de 2015, com a proprietária do restaurante Serafim, foram feijão fogo na serra, boi deitado, mulatinho, leite e azuki. Essas e outras diversidades fazem parte do maior banco de sementes do semiárido alagoano. Assessoria Comunicação Cdecma.

domingo, 21 de junho de 2015

Cdecma e IFAL realizam parceria

O Instituto Federal de Alagoas (IFAL) e o Centro de Desenvolvimento Comunitário de Maravilha (Cdecma) firmam convênio para promoverem ações que ajudarão os agricultores e agricultoras na convivência com o Semiárido alagoano. Com o Convênio, firmado no dia 16 de junho de 2015 no Cdecma, estudantes do IFAL farão estágios no Cdecma na linha de produção de alimentos, sementes crioula, conservação dos recursos naturais. Segundo o coordenador de extensão do IFAL do Curso em Agropecuária em Santana do Ipanema-AL, prof.Rafael dos Santos Balbino “Será muito enriquecedor para as duas partes, tanto para o IFAL quanto para os estudantes, que irão colocar em prática o que aprendeu no curso e vão trocar experiências com os agricultores. Estamos cumprindo nosso objetivo que é o ensino, a pesquisa e a extensão”. O convênio surgiu da necessidade do Cdecma em ajudar a agricultura familiar na produção de alimentos, uma vez que a assistência técnica no Estado ainda é muito fragilizada, e não atende a muitas famílias na região. “Estamos contente com essa parceria, isso fortalecerá as ações de convivência no Semiárido, porque, cada família que tivermos condições de assistir significa mais alimento com qualidade na mesa do agricultor (a) e da sociedade”, disse o membro do grupo de agroecologia do Cdecma, Albani Vieira da Rocha.

quarta-feira, 29 de abril de 2015

Salve a caatinga

A caatinga é destruída diariamente. Esse fator contribui para o desequilíbrio ambiental e o aquecimento global. O que será da humanidade quando a degradação da terra ou desertificação aumentar mais? Porque, no Semiárido alagoano a desertificação chega a cerca de 64%. Os rios estão secando, a qualidade da água está diminuindo e os solos estão perdendo a fertilidade. O que será da humanidade? Elessandra Araújo

Caatinga exemplo de resistência e beleza

No dia 28 de abril comemora-se o dia da caatinga. O bioma caatinga é um exemplo de resistência de como conviver no Semiárido. Em uma região de alta insolação, com predominância de solos rasos, muitas rochas, rios temporários. Mas, nas plantas da caatinga observa-se as estratégias de adaptação ao clima e ao solo da região. Vejamos os exemplos das cactáceas, do umbuzeiro, que armazena água nos xilopódios, da barriguda, que armazena água no caule, da faveleira etc. Como estratégia de sobrevivência, no período de estiagem, a vegetação perde a folhagem, mas consegue manter-se viva, porque armazenou água. Essa vegetação com aparência de morbidez, nas primeiras chuvas responde com muita força de forma deslumbrante, modificando a paisagem da região com cores diversificadas e perfumes eloqüentes. A caatinga no Semiárido alagoano precisa ser conservada, para que se possa combater a desertificação, degradação do solo. As queimadas e o desmatamento prevalecem, porém o reflorestamento não é notório, assim como a fiscalização por parte dos órgãos ambientais e o trabalho de educação ambiental e contextualizada, para prevenir os impactos negativos ocasionados com a diminuição da caatinga. Elessandra Araújo

quinta-feira, 16 de abril de 2015

Agricultores familiares participam da entrega de caráter produtivo

Os agricultores familiares que estão com as implementações de cisternas-calçadão e cisternas enxurradas concluídas, nas comunidades de Sítio Novo, Lagoa da Pedra e Cachoeira em Cacimbinhas-AL, reuniram-se para receber o caráter produtivo do Programa Uma Terra e Duas Águas. O caráter conquistado pelas famílias contribui para potencializar a qualidade das implementações e da produção. As expectativas dos agricultores são muitas. “Num vejo à hora de Deus abrir as portas do céu e mandar chuva pra encher nossa cisterna e começar a plantar”, mas enquanto isso vou cercar o local onde vou plantar e proteger a cisterna com as telas e os armes, disse a agricultora Maria do Socorro da Silva da comunidade sítio Novo em Cacimbinhas, Alagoas. Os agricultores participaram de toda a escolha do caráter- produtivo entre elas telas, arame, mudas de frutíferas, sementes de hortaliças entre outras. Nessa etapa do Programa, a UGT Cdecma vem entregando o caráter as famílias que concluíram as implementações, desde junho de 2014. Isabela Rodrigues Comunicadora popular CDECMA/ASA

segunda-feira, 23 de março de 2015

CDECMA realiza palestras em comemoração a semana da água

O CDECMA (Centro de Desenvolvimento Comunitário de Maravilha) realiza palestra educativa e contextualizada sobre o dia mundial da água, comemorado em 22 de março. Desde o dia 19 que a entidade realiza na igreja Presbiteriana em Maravilha- Al atividades direcionadas para alunos do quinto ao nono ano, das escolas municipal Sagrada Família, Francisco Luiz da Paixão e José Marques. Além das palestras os alunos assistiram filmes educativos sobre o ciclo e a escassez da água. De acordo com Elessandra Araújo do núcleo técnico do Cdecma “diariamente a quantidade de água doce disponível nos rios e riachos é poluída ou contaminada, por isso, a sociedade precisa agir e combater a poluição, evitar o desperdício e reaproveitar a água, porque vivemos a escassez da água, e muitos Estados estão em discórdia por esse líquido precioso”. Também, fez parte das atividades à exposição fotográfica que mostra as belezas do sertão, boas práticas para convivência com o semiárido, poluição e contaminação da água e degradação do solo.

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015

Exemplo de convivência no Semiárido

O quintal da agricultora Josefa Teixeira da Silva da comunidade Puxinanã em Major Isidoro, Alagoas destaca-se pelo verde das frutíferas e hortaliças mesmo no período de verão. Através da conquista da tecnologia de cisterna-de-enxurrada a agricultora fez um quintal produtivo com o plantio de couve, pimentão, coentro, cebolinha, bananeira, mangueira, goiabeira, cajueiro, macaxeira e ervas medicinais. "Eu só tenho a agradecer a todo mundo desse programa. Água no quintal de casa é a melhor coisa que a gente pode ter, porque água é vida e eu posso plantar tudo que quiser. Outra coisa boa de participar do projeto foram os cursos onde aprendi receitas de defensivos naturais para as plantações", diz agricultora sobre os cursos de GAPA e SISMA. A conquista da agricultora foi através do Programa Uma Terra e Duas Águas (P1+2) da Articulação Semiárido Brasileiro(ASA) , financiado pelo Ministério de Desenvolvimento Social e Combate a Fome (MDS). Isabela Rodrigues Comunicadora Popular CDECMA/ASA

Água: que tal economizar?

Você já imaginou passar um dia inteiro sem água? Como ficariam as atividades diárias como tomar banho, cozinhar, lavar roupa e o mais importante como ficaríamos sem beber água? A água é um dos recursos naturais mais benéficos que temos, porém, corremos o risco de ficar sem ela no futuro. A falta de água passou a ser um problema não só na região nordeste, mas também no sudeste e esse assunto vem sendo apresentado nos meios de comunicação . Já parou para pensar sobre a quantidade de água que é gasta para fabricação de determinados produtos? Por exemplo, segundo algumas pesquisas a cerveja demanda 75 litros de água por copo de 250 ml, um quilo de açúcar é produzido com 1.500 litros de água. Ao escovar os dentes com a torneira aberta durante 5 minutos gasta-se 80 litros de água, mas mantendo a torneira fechada à economia é de 79 litros. Além disso, um banho em chuveiro elétrico consome 144 litros de água por dia, porém se o chuveiro ficar fechado enquanto nos ensaboamos e o tempo do banho for reduzido você gastará 48 litros. Que tal você começar a ser um guardião da água e ajudar a economizá-la? Isabela Rodrigues Comunicadora Popular CDECMA/ASA

quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

Intercâmbio Intermunicipal anima agricultores a produzir

Durante os dias 27 e 28 de janeiro os agricultores familiares de Minador do Negrão, Major Isidoro e Cacimbinhas, Alagoas, que são atendidos pelo P1+2 (Programa Uma Terra e Duas Águas) participaram do intercâmbio intermunicipal nos municípios de Minador do Negrão, Maravilha e São José da Tapera. Os intercâmbios tem o objetivo de troca de experiências visando à boa convivência com o semiárido. Um dos experimentos compartilhados foi à horta sapuco no quintal do casal de agricultores Vanúsia Lourenço da Silva e Fernando Barros da Silva: “Eu gostei dessa horta, porque economiza muita água, já passamos uns três dias sem aguar e as hortaliças continuam vivas. Percebemos que o sabugo mantém a umidade da terra”, disse a agricultora Vanúsia. Outras experiências visitadas foram dos agricultores Francisco de Assis da Silva da comunidade São Luiz em Maravilha, Alagoas e do agricultor Édésio Melo da comunidade Bananeira em São José da Tapera. Eles incentivaram os visitantes a plantarem com uso de defensivos naturais e compartilharam saberes de alguns defensivos e compostagem. “O que chamou minha atenção foi ver muitas plantações e perceber que a gente também pode fazer a mesma coisa”, disse o agricultor Wanderley Pedro Gomes da comunidade Jiquiri em Minador do Negrão. O intercâmbio faz parte das atividades do P1+2 , financiado pelo MDS (Ministério do Desenvolvimento Social e Combate a Fome) e executado pelo CDECMA (Centro de Desenvolvimento Comunitário de Maravilha). Isabela Rodrigues Comunicadora Popular CDECMA/ASA

segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

Troca de saber no encontro territorial

Em clima de descontração 50 agricultores (as) dos municípios de Minador do Negrão, Major Isidoro e Cacimbinhas em Alagoas, trocam experiências sobre convivência com o Semiárido. Eles participam do Encontro Territorial do Programa Uma Terra e Duas Águas (P1+2) da Articulação do Semiárido Brasileiro (ASA). O Encontro realizado no auditório da Universidade Estadual de Alagoas (Uneal) nos dias 15 e 16 de janeiro contou com a participação dos agricultores Francisco Damasceno e Edésio Alves Melo. Eles falaram da experiência de produção agrícola, animal e do uso sustentável dos recursos naturais. Também, ensinaram aos participantes como fazer para produzir com qualidade. Nos dois dias foram abordados pela Ugt cdecma temas relacionados ao fortalecimento da produção da agricultura familiar e convivência com o semiárido. Elessandra Araújo

segunda-feira, 5 de janeiro de 2015

P1+2 fortalece a vida no campo

Para o casal de agricultores Vanúsia Lourenço da Silva Barros e Fernando Barros da Silva residentes na comunidade Jiquirí em Minador do Negrão- Al a conquista da primeira água e da cisterna-calçadão não trouxe apenas 68 mil litros de água para a família, mas sim a esperança de uma vida melhor. “Era um sacrifício por água, quando eu lembro, sinto vontade de chorar. Quando não tinha a primeira água e a seca era brava mesmo, a gente saia de casa de madrugada para pegar água em outra comunidade nas barragens do governo. Agora minha vida é outra”, relembra a agricultora. Atualmente, o casal de agricultores possui um quintal produtivo com uma variedade de alimentos. Ao redor da cisterna plantam o maxixe, a macaxeira, a abóbora, o mamão, a berinjela, o coentro, a pimentinha, o pimentão, a cenoura, o couve, a cebolinha, o amendoim, ervas medicinais e Mangueira, cajueiro, acerola, pinheira, goiabeira, carambola. “Agora não preciso comprar as hortaliças, porque posso cultivar. Também crio galinhas e consigo uma economia maior na renda da família”, falou Vanusia. A cisterna-calçadão é resultado da implementação do Programa Uma Terra e Duas Águas da Articulação Semiárido Brasileiro (ASA), financiado pelo Ministério do Desenvolvimento Social e Combate a Fome (MDS). Comunicadora Popular CDECMA/ASA