sábado, 24 de dezembro de 2016
segunda-feira, 12 de dezembro de 2016
Ribeirinhos protestam contra o projeto de usina nuclear
Quanto mais o Velho Chico agoniza, quanto mais o povo ribeirinho grita mostrando os impactos negativos que esse bravo rio vem sofrendo, mais os que se dizem “representantes do povo” e que são responsáveis pela revitalização do rio, ignoram a voz do povo.
Quando essas pessoas irão entender que os recursos naturais são escassos, e quanto mais esses recursos são degradados será difícil manter a vida do ser humano na Terra, porque nós somos parte da natureza e integramos esse sistema.
Por que estou fazendo esses questionamentos? Por que se você fizer um passeio no leito do rio e chegar até a Foz verá o que o rio São Francisco vem sofrendo. Porém, o Velho Chico poderá sofrer mais um impacto com o projeto que existe para construção de usina nuclear no Baixo São Francisco.
Por isso, no período de 01 a 04 de dezembro moradores da comunidade de Bonsucesso –SE, e outras comunidades, o Conselho da Pastoral dos Pescadores (CPP) e o Movimento de Pescadores e Pescadoras Artesanais (MPP) que celebraram as Santas Missões Populares na Paróquia Nossa Senhora da Conceição em Poço Redondo – SE enceraram a programação com um ato contra uma possível construção de uma usina nuclear na região do Baixo São Francisco. “não podemos aceitar mais um projeto de grande impacto, não só para o meio ambiente, mas também para todo povo daquela região. E uma empresa japonesa já visitou a área”, disse Quitéria Gomes, que integra o grupo da Articulação do Baixo São Francisco.
Antes do ato eles realizaram uma reunião para discutir sobre os problemas ambientais, depois seguiram pelas ruas do povoado com destino à margem do rio, onde foi realizada a celebração de uma missa, com o pároco local Mário César, contando também com a presença de Frei Enoque e Frei Roberto.
Usina nuclear
São inúmeras as consequências negativas que uma usina nuclear pode trazer para toda forma de vida. Basta fazer uma breve pesquisa para descobrir que esse tipo de empreendimento poderá trazer benefícios econômicos para poucos, mas destruição para muitos. É só recordar o triste acidente que ocorreu em 1986 na usina soviética de Chernobyl.
Existem outras formas de energia limpa e que os custos ambiental, social e econômico serão melhor para humanidade.
Elessandra Araújo
quarta-feira, 7 de dezembro de 2016
Rio que agoniza
Rio São Francisco na cidade de Penedo sofre com os impactos negativos
Ao longo da história, o rio São Francisco sofre inúmeros impactos negativos desde a nascente até a foz. São impactos que poderiam ser evitados como o assoreamento, os resíduos sólidos e liquido lançados no leito do rio, os desvios por meio de canais, as barragens etc. Esses impactos causados por ações antrópica geram outros problemas de ordem ambiental, social e econômica. Mas, o mais triste nessa história é que o Velho Chico está morrendo e os que dizem “representantes do povo” não enxergam.
Onde estão sendo desenvolvidas as ações de revitalização do Velho Chico? Porque o cenário apresentado, principalmente no Baixo São Francisco mostra que o rio está agonizando. Em muitos trechos o rio secou.
Para fazer grandes obras de desvio da água do rio, os que se dizem “representantes o povo” tem recurso, mas para salvar o Velho Chico esses recursos são escassos e vem a passo de tartaruga. Quando vem!
Não se deixe enganar quando os grandes meios de comunicação de massa de forma tendenciosa informar que a diminuição da água é ocasionada pela estiagem. É evidente que a estiagem prolongada interfere no volume de água do Velho Chico. Mas, o problema no Velho Chico é a falta de políticas públicas com ações integradas nas três esferas de governo Municipal, Estadual e Federal.
É urgente que os afluentes do São Francisco sejam revitalizados, o saneamento básico, o reflorestamento das margens do rio, a educação ambiental entre outras ações sejam implementadas com resultados de curto, médio e longo prazo.
As pesquisas que apontam ações para revitalização do Velho Chico foram realizadas por pesquisadores responsáveis, porém estão engavetadas.
Falta querer! Um querer por parte dos que se dizem “representante do povo” porque os ribeirinhos e movimentos sociais que defendem o Velho Chico mostram o cenário do rio, gritam, pesquisadores apresentam os impactos ao rio e solução, no entanto, o grito desse povo é ignorado, assim como a agonia do Velho Chico. Por quanto tempo esse benéfico rio suportará tantos impactos negativos? O que será do povo que depende da água do Velho Chico?
Elessandra Arújo
quarta-feira, 30 de novembro de 2016
A comunicação como direito
Nessa terça feira (23), estudantes do Instituto Federal de Alagoas (IFAL) e os estudantes do curso preparatório para o IFAL participaram na sala do IFAL de uma Roda de Conversa sobre a Comunicação como Direito. Direito que está garantido na Constituição Federativa do Brasil de 1988, porém o povo brasileiro tem esse direito negado com o monopólio, oligopólio dos meios de comunicação de massa, onde cerca de 11 famílias detém os principais meios de comunicação no país e dentre elas deputados e senadores. Na reunião foi discutido sobre o papel dos meios de comunicação que não atendem aos interesses sociais e sim de políticos e dos empresários como meio comercial.
A Constituição no Capítulo V fala sobre a Comunicação Social do Art. 220 a 224. Onde fica determinado que os programas devem ser educativos, artísticos, culturais e informativos e estabelece a regionalização, no entanto, os meios de comunicação de rádio e TV não cumprem aos princípios constitucional .
Algo preocupante porque na Roda de Conversa a maioria de jovens adolescentes do cursinho preparatório falou que passam de 4h até 10h diariamente assistindo televisão.
É para se questionar que sociedade está sendo formada, uma vez que a maioria da população dedica uma boa parte do tempo na frente da babá eletrônica, assistindo uma programação que não atende aos princípios educativos e da regionalização. Nega-se o pluralismo e a liberdade de expressão.
Liberdade de expressão que é um direito garantido na Declaração Universal dos Direitos Humanos no Artigo 19° “Todo o indivíduo tem direito à liberdade de opinião e de expressão, o que implica o direito de não ser inquietado pelas suas opiniões e o de procurar, receber e difundir, sem consideração de fronteiras, informações e idéias por qualquer meio de expressão”.
Segundo o estudante do IFAL, Anderson Soares Santos “a comunicação é um meio muito importante que os políticos utilizam para fazerem a sua imagem na sociedade, e que só ocorre comunicação quando se tem resposta, no caso dos políticos os votos. A luta pela democratização dos meios de comunicação é enorme, pois é um direito que foi roubado. Queremos uma comunicação em que as informações sejam verificadas e transmitidas e que não manipule os cidadãos. Democratize democratize já! Democratize a comunicação!”
Comunicação como direito
A Comunicação como Direito faz parte da luta do Fórum Nacional pela Democratização dos Meios de Comunicação (FNDC) http://www.fndc.org.br/, que lançou uma campanha Por uma lei da Mídia Democrática. Para assinar acesse o site do Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação (FNDC). Clique em Campanha conheça a proposta de lei e assine.
Eline Souza/Cdecma
sexta-feira, 25 de novembro de 2016
Justiça determina desocupação do IFAL
Estudantes do Instituto Federal de Alagoas em Santana do Ipanema/AL são obrigados a desocuparem as instalações do prédio sob penalidade de pagar multa individual diária de R$ 500,00 (quinhentos reais).
Eles ocuparam o prédio de forma pacífica e com respeito ao patrimônio físico, para protestar contra a PEC 241/55 que irá congelar gastos com a saúde, educação, direitos sociais, infraestrutura por um período de 20 anos, contra a Reforma do Ensino Médio e pela Democracia.
Mas, no Mandado de Reintegração de Posse e Citação a juíza federal da 11º Vara, Camila Monteiro Pullin Milan determina: “Importa frisar aqui que não cabe a este juízo adentrar nas discussões políticas que motivaram as manifestações, deliberando a respeito do mérito do protesto ou de sua legitimidade. Nesta Seara, compete apenas ao juízo resguardar o patrimônio e o serviço públicos, protegendo a incolumidade física do imóvel contra eventuais depredações ou prejuízos que possam a vir a ocorrer e preservando o regular funcionamento da instituição”.
Determina ainda: “Ante o exposto, DEFIRO A LIMINAR para determinar em favor do IFAL a reintegração de posse de seu campus em Santana do Ipanema/AL, o qual deve ser imediatamente desocupado pelo grupo que ali se encontra, sob pena de aplicação de multa individual diária, no valor de R$ 500,00 (quinhentos reais)”.
Em resposta a ordem judicial um dos alunos ocupantes disse: “Desde o dia da ocupação passei a valorizar mais minhas formas de protestos e lutas, contra as indignações na política brasileira. Como essa foi nossa primeira vez em uma ocupação, passamos a aprender juntos, criamos forças e superamos os problemas e dificuldades impostos a nós ocupantes.
A cada dia que se passava o nosso movimento criava mais forças, e passamos a ser destemidos. Buscamos saber mais sobre nossos direitos como ocupantes, para que nada e ninguém difamem nossa imagem, quanto estudante em um movimento legítimo. Diariamente eram impostas barreiras, mas com sabedoria e paciência passamos a saber lidar, aprendemos muitos assuntos sobre política, nesses 40 dias de ocupação.
Durante a ocupação passamos a desenvolver, trazer palestras e atividades. Prezamos pela nossa instituição e sempre fomos cuidadosos para que nada ocorresse de forma contraditória ao movimento (já que só eram imposto as ocupações a imagem de vandalismo, baderna e destruição).
Infelizmente hoje dia 23 de novembro chegou a carta de reintegração de posse, várias mentiras estavam impostas no mandato de reintegração, mas como o sistema em todo é corrupto, não existiu possibilidade de lutarmos contra as autoridades”.
Os jovens estão tristes e indignados, mas decidiram acatar a ordem da justiça e desocupar o prédio do IFAL, porém estão decididos a continuarem defendendo a Democracia.
Elessandra Araújo
Feira reúne saberes e sabores do Semiárido, durante o IX EnconASA
Por Nelzilane Oliveira - comunicadora popular da ACB
Abertura da feira de saberes e sabores do IX EnconASA conta com diversas apresentações culturais | Foto: Mailson Pedro
“A feira expressa a nossa cara, expressa nossa maneira de inventar e reinventar. De dizer que somos capazes, por toda dificuldade que passamos e vivemos”. Foi assim que a agricultora membro da Rede Xique-Xique, Francisca Eliane, conhecida por Neneide, definiu os espaços das feiras agroecológicas e livres que permeiam a cultura dos povos do semiárido brasileiro, no evento de abertura da feira de saberes e sabores do IX EnconASA. Ao final de sua fala, neneide convidou os presentes a conhecerem a feira. “Visitem as barracas, vejam a diversidade que temos tanto da economia solidária como da agroecologia. Como Rede Xique Xique da agricultura familiar, como de nós mulheres”.
Ainda na abertura da feira, a delegação do Ceará apresentou uma ciranda. Segurados na barra de uma saia gigante, tecida como as colchas de retalhos, as pessoas dançaram e rodaram expressando a alegria que as feiras possuem. O espaço conta com barracas que expõem produtos como artesanato, doces, cachaças artesanais, queijos, mudas de plantas e etc. A feira conta inclusive com a exposição do fogão solar - modelo de energia renovável – trazido pela delegação de Minas Gerais.
Outro estande que inovou foi o de Natal no Rio Grande do Norte que trouxe práticas de permacultura. “Não conhecia o EnconASA, consequentemente procurei não criar muita expectativa em relação a feirinha. Tô achando muito massa, é muito bom ver essas experiências e tá inserido nesse meio. A importância [desse evento] eu acho que é justamente esse reconhecimento, e consequentemente este fortalecimento que acontece. A gente de Natal tá aqui do lado do pessoal de Mossoró e fazemos uma conexão a nível de estado, e ao mesmo tempo temos o contato com o pessoal de Minas Gerais e os outros estados”, afirma Juliano Petrovich que faz parte da delegação da capital potiguar.
A feira conta com artesanato dos dez estados do Semiárido | Foto: Nelzilane Oliveira
As delegações estão animadas e empolgadas com a feira. A satisfação em poder estar neste espaço de troca experiências tem sido observada tanto por quem está no evento, quanto por quem está expondo produtos. Assim nos relata Rita Maria de Oliveira, Tururu – CE. “É o primeiro ano que participo do EnconASA, acho muito importante as feiras acontecerem porquê a gente tá divulgando nossos produtos. A feira é uma maneira de sobrevivência, é uma economia a mais na vida da gente. Seria muito bom se acontecessem em cada encontro, seria o ideal mesmo, seriam um forma de fazer a economia solidária na prática”, diz a agricultora e feirante agroecológica, que trouxe doce-de-caju, bolos e caju-ameixa.
As trocas de saberes e sabores na feira do evento permitem que os participantes possam conhecer um pouco da cultura de cada estado do Semiárido. Este é também um espaço de comunicação, visto que os olhares e aprendizados de quem participa serão levados e contado em suas comunidades, quando eles e elas voltarem aos seus territórios. Em torno deste cenário, “a feira do EnconASA e a feira como um todo é sempre um momento muito rico de troca de experiências de saberes de um dos conhecimentos populares muitas vezes inacessíveis porque são saberes comunitários. Por sermos de vários estados a gente tem acesso aquelas comunidades mais distantes então você
terça-feira, 22 de novembro de 2016
A força desse povo que luta por um Semiárido Vivo e Nem Um Direito a Menos só pode vir de Deus, porque a caminhada é árdua na luta contra a TIRANIA. Parabéns a todos que lutam pela convivência no Semiárido! Paz, ânimo, saúde e sabedoria para vocês guerreiros e guerreiras que estão no EnconASA.
Acompanhe as informações, porque a GLOBO, o SBT, a TV Record não irão mostrar. Esses e outros grandes meios de comunicação de massa distorcem as informações e não mostram o outro lado da história, por isso, para você saber o que acontece no EnconASA no período de 21 a 25 de novembro, visite o portal, temos um espaço exclusivo para o IX EnconASA, onde pode ser encontrada a programação, resumo das experiências que serão visitadas e notícias sobre o evento: http://www.asabrasil.org.br/enconasa/ix-enconasa
e nas redes sociais, face (@articulacaosemiarido) e twitter (@asa_brasil).
Elessandra Araújo
segunda-feira, 21 de novembro de 2016
Resistir para transformar o Semiárido!
Visibilizar a convivência com o Semiárido, o armazenamento de sementes crioulas e a agroecologia como o modelo de produção a ser implementado em toda a região semiárida. É com este desafio, que a Articulação Semiárido Brasileiro (ASA) realiza a IX edição do EnconASA (Encontro Nacional da ASA), na cidade de Mossoró (RN), no território Vale do Açu no oeste Potiguar. O evento abordará o tema “Povos e Territórios: Resistindo e Transformando o Semiárido” e reunirá mais de 400 pessoas vindas de todos os estados do nordeste e do Norte e Vale do Jequitinhonha, em Minas Gerais.
Contudo, neste primeiro encontro pós a Articulação completar mais de 15 anos de história e de luta, os desafios têm maiores dimensões, afinal o Brasil enfrenta uma grave crise social, política e econômica que já começa a afetar os programas e políticas de convivência com o Semiárido. “O EnconASA vai acontecer em meio a essa grande crise política. Com isso, está em jogo também a continuidade das nossas ações; está em jogo as políticas públicas de convivência, as cisternas para beber, produzir e educar, o crédito, PAA [Programa de Aquisição de Alimentos], PNAE [Programa Nacional de Alimentação Escolar] que ajudam o homem e a mulher do Semiárido a viver com dignidade”, salienta o coordenador-executivo da ASA pelo estado do Rio Grande Norte, Yure Paiva.
Ele destaca ainda, que a situação deve se agravar, sobretudo ao analisar os novos prefeitos e vereadores eleitos que vão gerenciar os municípios brasileiros pelos próximos quatro anos. “Os resultados das eleições municipais ajudou no fortalecimento da direita conservadora, homofóbica, perseguidora que quer tirar do povo brasileiro os direitos conquistados à custa de muito suor, sangue e de vidas. E essas PECs (Projetos de Emenda à Constituição) são de fato uma afronta a tudo isso que conquistamos até hoje”, reitera Paiva.
O cenário de perdas de direitos preocupa a sociedade civil organizada e as populações do Semiárido que agora testemunham as ameaças causadas pela chamada “PEC do fim do mundo” que agora tramita no Senado Federal e congela os investimentos em saúde, educação e previdência pelos próximos 20 anos. Soma-se a isto, o fim do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, a redução de investimentos em programas como o Bolsa Família e em tecnologias de convivência com o Semiárido, em um momento em que a região enfrenta seu quinto ano consecutivo de seca.
Neste sentido, o EnconASA vai visibilizar e refletir a conjuntura atual à luz de experiências de convivência com o Semiárido que perpassam por áreas como terra, água, segurança e soberania alimentar e nutricional, economia solidária, educação contextualizada, direitos das mulheres, biodiversidade, comunicação como direito, dentre outras. Além disso, estão previstos, durante o evento, espaços para a socialização de experiências representativas do território Vale do Açu que engloba o município que sediará o evento.
Em territórios como este, localizado no oeste potiguar, são perceptíveis as ações conflituosas dos dois modelos antagônicos: o da Convivência e o da Exploração (exemplificado pelo hidro e agronegócio). É a partir desses confrontos e da resistência dos povos do Semiárido, que a ASA reafirma ao Estado e à sociedade a defesa da convivência com o Semiárido como o modelo de desenvolvimento para a região.
“O IX EnconASA visa fortalecer as ações de convivência com o Semiárido partindo das trajetórias e lutas dos diversos territórios de resistência da região. Além disso, entendemos que é importante fazer o debate acerca dos modelos de desenvolvimento em disputa: o modelo da agricultura familiar e da convivência que está sendo confrontado com o modelo do agronegócio”, pontua Yure.
Valorização do papel das Mulheres
Outro tema desafiador para a Articulação, em seu trabalho pela promoção da convivência, está relacionado à valorização e visibilidade do papel das mulheres no campo. “Podemos dizer que avançamos em alguns aspectos, mas ainda é muito forte a questão cultural, que delimita o papel da mulher na família, na comunidade e na sociedade. Esse desafio não está posto apenas para as famílias camponesas, ele se encontra também no seio das nossas organizações e da nossa rede. Desse modo, a cultura machista e todas as suas dimensões é um grande desafio não só para ASA, mas para todos os movimentos”, provoca a Coordenadora-executiva da ASA pelo estado de Minas Gerais, Valquíria Lima.
No Semiárido, são as mulheres camponesas que dão conta da maior parte das atividades domésticas e produtivas dos quintais. A elas cabe, na maioria das vezes, a responsabilidade para cuidar dos filhos, da casa, alimentar as aves, regar os pomares e hortas e beneficiar os produtos. Mesmo com essa sobrecarga de trabalho, muitas são vistas apenas como “a pessoa que ajuda” e na hora de decidir sobre como será usada a renda familiar é o homem quem decide onde será gasto o dinheiro da família.
Portanto, Valquíria reforça que “o EnconASA precisa dar visibilidade a essas desigualdades, fortalecer os avanços e apontar os desafios. Sair como uma das prioridades da ASA para seus próximos anos: a Justiça de Gênero na convivência com o Semiárido”. Sobre o combate ao machismo e à promoção da divisão justa do trabalho, a coordenadora destaca que é preciso “reconhecer e valorizar o papel de mulher nas ações de convivência com o Semiárido, dando visibilidade às suas experiências de vida, investindo e estimulando a formação de grupos de mulheres que possam debater temas específicos como empoderamento, autoestima, violência, participação política e as relações de gênero”.
Programação do EnconASA
Várias atividades integram o Encontro Nacional da ASA: oficinas temáticas, grupos de discussões, plenárias, assembleias, feira de saberes e sabores, visitas às experiências temáticas, momentos culturais, atividades de comunicação, místicas/celebrações e ato público. O evento congrega um processo participativo que valoriza os saberes e o protagonismo dos/as agricultores/as do Semiárido Brasileiro.
Saiba mais sobre o EnconASA.
quinta-feira, 17 de novembro de 2016
Direitos constitucional são ameaçados no Brasil
Na luta por um Estado de Direito estudantes, professores, movimentos sociais e outros participam de uma passeata pacífica realizada nessa quarta-feira (16) nas ruas de Santana do Ipanema-AL. Os participantes reivindicam direitos que o presidente golpista, Michel Temer e aliados estão negando ao povo brasileiro, principalmente com a PEC 241/55, a reforma do Ensino Médio, a reforma da previdência, a reforma trabalhista.
Com essas medidas o governo promete aumentar a desigualdade social no país tirando investimentos na área da saúde, educação, assistência social, infraestrutura, que não funciona muito bem, e aumentar a riqueza das grandes empresas para fortalecer ainda mais o sistema neoliberal.
Mas, a classe trabalhadora os filhos dos trabalhadores, a agricultura camponesa grita por DEMOCRACIA, JUSTIÇA e fora a TIRANIA.
sexta-feira, 11 de novembro de 2016
11 de novembro: Dia Nacional de Greve, por nenhum direito a menos
Escrito por: CUT Nacional • Publicado em: 04/11/2016 -
11 de novembro é o Dia Nacional de Greve chamada pela CUT e demais centrais sindicais, com apoio de movimentos sociais que compõem as Frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo e várias entidades da sociedade civil que têm se posicionado contra a retirada de direitos.
O governo ilegítimo de Michel Temer e seus aliados do Congresso Nacional quer tirar tudo quanto é direito do trabalhador e da trabalhadora. Ele está acabando com os serviços públicos, especialmente com a Saúde e Educação, quer aumentar a idade mínima da aposentaria para 65 anos, tanto para mulher quanto para homem, e pior: quer acabar com a carteira de trabalho, aumentar as terceirizações, permitindo a contratação com salários mais baixos, condições precárias de trabalho e sem nenhum direito trabalhista!
Por esses motivos, estamos mobilizando os trabalhadores e trabalhadoras de todos os setores para uma GREVE NACIONAL em defesa dos direitos, contra desmonte do Estado e contra o retrocesso que esse governo representa.
- Contra a Reforma da Previdência – que aumenta a idade mínima da aposentadoria para 65 anos, para mulheres e homens, penalizando especialmente quem começou a trabalhar cedo e os jovens que ainda não entraram no mercado de trabalho;
- Contra a PEC 55 (PEC 241) – projeto que tramita no Senado e que congela por 20 anos os investimentos em serviços públicos essenciais à população, como Saúde e Educação;
- Contra a Reforma Trabalhista – que retirar direitos como FGTS, Férias, 13º, licença-maternidade e paternidade, auxílio creche e outras garantias, e aumenta as terceirizações, permitindo a contratação com salários mais baixos, condições precárias de trabalho e sem nenhum direito trabalhista!
- Contra a entrega do Petróleo do Pré-Sal a empresas estrangeiras. O Pré-Sal é do povo brasileiro e seus recursos devem ser investidos em benefício da população, como Saúde e Educação! Não podemos permitir que esta riqueza seja entregue aos estrangeiros!
- Em defesa da Educação – pública, universal e de qualidade. Não à reforma do Ensino Médio!
segunda-feira, 31 de outubro de 2016
15º EneASA - ASA Alagoas
No 15º EneASA (Encontro Estadual da ASA Alagoas), que aconteceu no período de 26 a 28 de outubro no Centro de Formação Pio XII em Palmeira dos Índios-AL, os agricultores e agricultoras camponesa participaram de intercâmbios, oficinas sobre educação contextualizada, comunicação como direito, organização das mulheres, gestão das águas, terra e território, agricultura camponesa. Em cada momento construído por eles eram relatados os benefícios conquistados com os Programas da Articulação Semiárido Brasileiro (ASA), e a ausência do Estado nas três esferas Municipal, Estadual e Federal em politicas publicas para convivência no Semiárido.
Políticas de acesso à água e a aterra, a sementes crioulas, a educação no campo, a assistência técnica, a inclusão produtiva. “Estou roendo o ouço e passando fome. Está sendo muito difícil viver no campo sem políticas públicas, principalmente nesse momento de estiagem prolongada. O governo vem cortando nossos direitos, e com a PEC 241 como vamos continuar vivendo no sertão”?, Questionou o agricultor Sebastião Damasceno, do Sítio Cabaceiro em Santana do Ipanema.
“Tenho 75 anos e nunca vi uma seca dessa não. Os passarinhos estão com fome e sede, as abelhas estão furando até as laranjas. Estou alimentando alguns passarinhos. Ainda bem que tenho a cisterna de beber e a de produzir da ASA, e ainda consegui fazer mais uma para beber. Se não, não sei como seria, porque a coisa tá muito difícil”, disse a agricultura Severina da Serra Bonita em Palmeira dos Índios-AL.
Em roda de conversa eles apresentaram os avanços obtidos nos últimos anos, os desafios e as perspectivas. Para contribuir com a discussão coletiva o professor da Ufal, Cícero Albuquerque e Pricila do MPA (Movimento dos Pequenos Agricultores), realizaram a análise de conjuntura da agricultura camponesa no contexto estadual e nacional.
A cultura de um povo resistente
Nos espaços onde ocorreu o XV EneASA a decoração do ambiente com banner, faixas, as camisas, os objetos popular, as sementes, as mudas de plantas nativas, comidas representaram a cultura desse povo, que resiste e luta por um Semiárido Vivo.
Encaminhamentos
Como resultado do EneASA, em que os menos favorecidos tiveram direito a voz, a liberdade de expressão foi construído documentos que será encaminhado para IX EnconASA (Encontro Nacional da Articulação Semiárido Brasileiro). Outro documento apresentado é o abaixo assinado Por uma lei da Mídia Democrática do FNDC (Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação).
Além desses, foram apresentados os participantes entre agricultores e agricultoras, comunicadores, técnico e assessora pedagógica que irá para o IX (EnconASA) em Mossoró/RN, que trará como tema: Povos e Territórios: Resistindo e Transformando o Semiárido, no período de 21 a 25 de novembro de 2016.
O IX EnconASA será o momento de aprofundamento do debate da importância do modelo de convivência e, ao mesmo tempo, visibilizar os impactos da atuação da ASA e das políticas públicas governamentais nestes territórios.
Eline Souza- Comunicadora popular CDECMA
quarta-feira, 26 de outubro de 2016
EneASA acontece no Semiárido alagoano
Cerca de 70 pessoas participam do 15º Encontro Estadual da Articulação Semiárido Alagoano (EneASA) que acontece no período de 26 a 28 de novembro, no Centro de Treinamento Pio XII em Palmeira dos Índios-AL . Os participantes são agricultores e agricultoras camponesa, representantes de Associação, técnicos, e comunicadores populares da região do Alto e Médio Sertão de Alagoas, Agreste e de Maceió. O EneASA tem como objetivo discutir sobre Agricultura Camponesa: Semiárido Território de Vida.
No período do encontro serão realizadas oficinas, intercâmbios de experiência de luta e organização camponesa, palestras, roda de conversa.
Segundo o agricultor Sebastião Rodrigues Damasceno do Sitio Cabaceiro em Santana do Ipanema-AL, esse é um momento de grande aprendizado com as experiências de convivência no Semiárido. “Precisamos discutir a conquista de direitos de acesso à semente crioula, a terra, a água, a educação, a saúde, a comunicação, porque esses e outros direitos estão sendo negados. Esperamos que o governo escute a sociedade e dê condições do agricultor continuar vivendo na região, produzindo no pedacinho de terra alimento com sustentabilidade”, destacou o agricultor.
Sebastião Damasceno tem na propriedade cerca de duzentas variedades de sementes crioula, que são adaptadas ao clima e ao solo da região. Para o EneASa ele trouxe 45 variedades de sementes, sendo, vinte de feijão de arranca, três de feijão de corda, seis de milho, cinco de fava, três de algodão, duas de palma, duas de melancia, duas de abóbora, gergelim e de sementes nativas de mororó, umbuzeiro, umburana de cheiro, catingueira, baraúna, coco ouricuri, rabo de raposa, mandacaru .
Outros agricultores (as) também trouxeram produtos que representam a potencialidade do Semiárido. Eles mostram que é possível produzir e viver bem na região, mas é fundamental políticas publicas de convivência, que promova a segurança hídrica, alimentar e nutricional. Porém, essas políticas estão sendo cortadas pelo governo, o que favorece a indústria da seca e aumenta o sofrimento da agricultura camponesa no Semiárido alagoano.
Elessandra Araújo
sábado, 22 de outubro de 2016
Reunião da ASA do Médio Sertão
Na última quarta feira (19) os representantes da ASA do Médio Sertão e do FOTES (Fórum Territorial de Economia Solidária do Médio Sertão) se reuniram no auditório da EMATER em Santana do Ipanema, para discutir sobre o XV Encontro Estadual da Articulação Semiárido (ENEASA), XI Encontro Nacional da ASA (ENCONASA) e sobre a fragilidade das politicas públicas para convivência no Semiárido.
No grupo alguns membros se propuseram a participar do EnconASA que acontecerá no Centro de Treinamento PIO XII em Palmeira dos Índios-AL no período de 26 a 28 de outubro de 2016, e do EnconASA que acorrerá em Mossoró/RN, no período de 21 a 25 de novembro de 2016, e trará como tema: Povos e Territórios: Resistindo e Transformando o Semiárido.
Eline Souza - CDECMA
terça-feira, 18 de outubro de 2016
15º ENEASA - ASA ALAGOAS Encontro Estadual da Articulação Semiárido Alagoano
segunda-feira, 17 de outubro de 2016
Seminário sobre educação no campo
Estão abertas as inscrições para o Seminário Interterritorial de Educação do Campo no Semiárido, que vai acontecer entre os dias 17 e 19 de novembro, no Instituto Federal da Bahia em Juazeiro. O seminário foi proposto pela Articulação Interterritorial para fortalecimento da Educação do Campo no Semiárido, coletivo que representa organizações sociais não governamentais e instituições públicas de Ensino.
Com o tema principal “Terra, trabalho e educação”, o seminário vai discutir questões como o fortalecimento da identidade dos povos do campo e das lutas sociais em torno do acesso e permanência a terra, o trabalho como princípio educativo e para a emancipação humana e uma educação para a Convivência com o Semiárido brasileiro.
Segundo Felipe Sena, colaborador do Irpaa, que é uma das entidades organizadoras do evento, o seminário surgiu da necessidade da mobilização dos territórios em defesa da educação pública e de qualidade, em especial com a educação do campo e uma educação contextualizada. “Acreditamos em uma escola que siga princípios de autonomia e liberdade, com um currículo contextualizado com a realidade da criança. Um currículo que respeite as especificidades do Semiárido”, reforça.
Entre os objetivos do evento estão o de mobilizar gestores públicos, organizações sociais, instituições de ensino e pesquisa; socializar e dar visibilidade às produções acadêmicas sobre educação do campo e analisar a conjuntura política, econômica, cultural e midiática e seus desdobramentos nos direitos de trabalhadores e trabalhadoras campo.
A programação conta com mesas de prosa, rodas de conversa, tendas artísticas com música, poesia, teatro, dança, cordel, etc; feira cultural, atividades voltadas para as crianças e apresentação de pôster. Os/As interessados/as em submeter trabalhos acadêmicos, podem escolher entre as duas modalidades, comunicação científica oral ou pôster.
As vagas são limitadas e os interessados em participar, podem se inscrever através do site www.siecs.com.br, até completarem as vagas. Os valores da inscrição variam entre R$ 30,00 para estudantes de graduação, R$ 50,00 para estudantes de pós-graduação e R$ 80,00 para professores, pesquisadores e outros profissionais, e é isento para militantes de movimento social e sindical, jovens e mulheres do campo.
O I Seminário Interterritorial de Educação do Campo no Semiárido é organizado pelas instituições: Centro Territorial de Educação Profissional do Sertão do São Francisco-Bahia; Fórum Territorial de Educação do Piemonte Norte do Itapicuru; IF Sertão – PE do Campus Petrolina Zona Rural; Universidade do Estado da Bahia (Uneb); Universidade Federal do Vale do São Francisco – Univasf; Instituto Regional da Pequena Agropecuária Apropriada (Irpaa); Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST); Núcleo de Pesquisa e Extensão em Desenvolvimento Territorial (Nedet); Rede das Escolas Famílias Agrícolas Integradas do Semiárido (Refaisa); Secretaria Municipal de Educação de Coité; e do Grupo de Agroecologia Umbuzeiro (Gau).
Fonte Gisele Ramos
terça-feira, 27 de setembro de 2016
Alimento de qualidade na mesa da família
Alimentos de qualidade são produzidos ao redor de casa, mas isso só é possível porque a família conquistou a cisterna enxurrada do Programa Uma Terra e Duas Águas (P1+2) da Articulação Semiárido Brasileiro (ASA). Além de conquistar a cisterna, a agricultora Marileide de Oliveira Lima, 55, que vive no Sitia Jiquiri em Minador do Negrão-AL, participou de cursos de formação e intercâmbio. O resultado desse processo é a produção de mais alimento na mesa da família e diminuição do sofrimento para conseguir água na região.
“Somos felizes, porque temos água para beber e produzir alimento. Aqui, eu e meu esposo plantamos cebolinha, cenoura, pimentão, couve, coentro, abobora, alface, alho poró, tomate, rúcula, ervas medicinais, limão. Antes da cisterna não tinha como produzir. Eu via esse pedaço de terra e era abandonado. Agora é diferente, tem dia que me distraio tanto no quinta e esqueço a casa. Quando quero comer macaxeira, feijão de corda é só ir buscar. Pra mim isso é tudo”, disse a agricultora.
A estiagem continua, mas a família tem água nos reservatórios e protege o que produz do forte calor do sol. Por isso, com estratégia, esforço e alegria cultivam alimentos que antes precisavam comprar.
Viver no Semiárido é possível e plantando se colhe, mas é necessário politicas públicas de convivência para o fortalecimento da agricultura familiar.
Eline Souza – CDECMA
domingo, 11 de setembro de 2016
Ações da ASA promovem o desenvolvimento da família
No quintal de casa os reservatórios de água estão cheios, e o sonho da família de cercar uma área para produzir tomate, pimentão, alface, berinjela, feijão de corda, abóbora, couve, cenoura, rúcula, milho, batata-doce, macaxeira, cebola, cebolinha, alho poró, beterraba, mamão foi realizado com o Programa Uma Terra e Duas Águas (P1+2) da Articulação Semiárido Brasileiro (ASA). As ações do P1+2 foram implementadas em abril de 2016, na residência do casal de agricultores José Severino de Santana e Simone da Silva Santos Santana pais de dois filhos, no Sítio Travessão em Minador do Negrão-AL.
“Antes de conquistar a cisterna para água de beber e a cisterna enxurrada para água de produzir, a vida da gente era muito difícil, porque para conseguir água tinha que buscar com o carro de boi e nem sempre encontrava água boa, muitas vezes a água era salgada, mas a gente tinha que usar.
Também, produzir hortaliças não podia, porque não tinha água e nem condições de cercar um lugar para plantar. Com o Programa a vida da gente melhorou muito, os cursos, o intercâmbio incentivou a gente a produzir. Agora no quintal de casa tenho tudo, e consegui economizar cem por cento nas verduras. Minha família come com qualidade sem veneno”, disse a agricultora Simone Santana.
O agricultor ressaltou: “O carro de boi foi aposentado, porque não preciso ir buscar água nas barragens, quando secava em um lugar a gente ia buscar em outro e teve uma época que eu ia buscar água na cidade. Graças a Deus a gente não passa o que já passou, depois da cisterna não preciso comprar nem buscar água, a cisterna está cheia e a gente pode produzir, esse era o sonho da família”.
“Agora é só maravilha, porque teve época que eu não tinha nem um pouco de água para fazer o café. Sou muito feliz, tenho água para beber e plantar. Agora, divido uma parte do meu tempo para cuidar da casa e a outra para cuidar das hortaliças”, disse a agricultora.
No roçado
Ao redor de casa a família conseguiu manter a produção de alimento, mas na roça o resultado esperado foi menor. Segundo o agricultor José Severino esse ano quem conseguiu colher um pouco de feijão ganhou na loteria. “Plantei em uma roça 10 kg de feijão e em outra 12 kg e colhi um saco e meio de feijão. Se o ano fosse bom daria para colher cerca de 4 sacos”.
A família mostra que com esforço é possível plantar na roça e no quintal de casa, mas é necessário politicas públicas de convivência com o Semiárido.
Eline Souza –CDECMA
quarta-feira, 7 de setembro de 2016
ASA e Embrapa realizam o II módulo da oficina de comunicação
O desejo de ampliar a compreensão dos atores locais sobre o papel da comunicação para a convivência com o Semiárido une convidados, comunicadores populares, agricultores, agricultoras, técnicos, educador popular, radialistas, jornalistas da Asacom na oficina de comunicação comunitária realizada pela Articulação Semiárido Brasileiro (ASA) e Embrapa. O evento ocorreu na Associação de Agricultores Alternativos (AAGRA) em Igaci/AL, no período de 30, 31 de agosto e 1º de setembro de 2016, com cerca de 40 participantes do Semiárido alagoano e sergipano.
Os participantes uniram teoria e prática com debate, roda de conversa, apresentação de trabalhos, visita de campo e oficinas de literatura de cordel, rádio poste, boletim informativo, contação de histórias e dinamização de leitura.
A mobilizadora social, Erica , da AAGRA avaliou: “antes tínhamos uma cultura de comunicação visual para sistematizar, mas nada muito profundo. A partir dessa formação, ouve a necessidade de mudar e buscar a comunicação visual, escrita, vídeos, para mostrar a importância e experiência dos agricultores em produção e convivência no Semiárido. Nesse segundo módulo estamos nos aperfeiçoando ainda mais, para levar para outras pessoas como nós somos instrumento de transformação aqui no município”.
Amanda Camila da rádio Tapera FM de São José da Tapera-AL, avaliou: “a oficina de comunicação trouxe mais experiência e confiança para transmitir informações para os ouvintes da rádio”.
O II módulo da oficina é resultado das ações desenvolvidas pela Embrapa dentro do Plano Brasil Sem Miséria (PBSM). O primeiro módulo aconteceu no período de 13 a 15 de julho de 2015. Assim, o objetivo do grupo é realizar o III módulo e continuar fortalecendo o processo de comunicação em outras etapas de formação para Convivência no Semiárido.
Texto:Eline Souza
Foto:Sandreana Melo
quinta-feira, 1 de setembro de 2016
CONVITE
Plantando diversidade, colhendo sustentabilidade no Semiárido!
SEMINÁRIO SOBRE MARCO REGULATÓRIO DAS ORGANIZAÇÕES DA SOCIEDADE CIVIL (MROSC) O Marco Regulatório – Necessidade de uma nova visão na gestão das Organizações.
A Articulação no Semiárido Alagoas, ASA Alagoas, compreendendo a importância
para as organizações da sociedade civil refletir e dialogar sobre o “Novo Marco
Regulatório” que estabelece as regras da Lei 13.019/2014, sendo um conjunto de
princípios para as parcerias realizadas entre o Poder Público e as Organizações
Não Governamentais. Neste seguimento, estamos realizando um Seminário sobre
o tema em questão nos dias 14 e 15 de setembro de 2016, no Auditório da
Universidade Estadual de Alagoas (UNEAL), Campus Santana do Ipanema.
O seminário se destina as Organizações Não Governamentais, Gestores Públicos,
estudantes da área de Direito, e de Administração/gestão Pública, áreas afins e
demais interessados.
O investimento é no valor de R$ 150,00 (cento e cinquenta reais) (Que cobrirá
custos de almoço, água no evento e custo do facilitador), por participante, o
evento terá um público de no máximo 40 participantes, prazo final das
inscrições 06.09.2016 próxima terça feira. Que poderá realizar o depósito na
Agencia 1285-8, conta corrente 6.884-5 do Banco do Brasil e enviar cópia do
comprovante de depósito junto à ficha de inscrição para o e-mail
coordenacaoasaalagoas@gmail.com. Mais informações podem ser por este e-
mail ou pelos telefones (82) 9/8162 6696 (Vivo) 9/9942 5333 (TIM) falar com
Albani ou ainda (82) 9/9988 7461 falar com Simone. Ao final do evento será
emitido certificado de 12 horas.
Obs: Como se ver na programação, para melhor aproveitamento do evento haverá além das
discussões teóricas, momentos de atividades práticas.
Coordenação da ASA Alagoas
Eline Souza /Cdecma
segunda-feira, 29 de agosto de 2016
P1+2 é modelo para o conteúdo pedagógico na escola
Na I Feira Cultural Renasce Minador Sejas Fonte de Vida, os estudantes, os professores e a coordenação da Escola municipal Menino Jesus de Praga do primeiro ao quinto ano apresentaram no dia 25 de agosto do corrente, temas relacionados à educação contextualizada e convivência com o Semiárido a partir de experiências da Articulação do Semiárido Brasileiro (ASA). As temáticas foram: História de quintais, frutas cores e sabores, vegetação nativa, semeando saberes, arte e cultura, minha terra nosso orgulho e minha escola nossa história. A coordenadora da escola, Luciana Barbosa da Costa, destacou que a Rede de Educação Contextualizada para o Agreste e Semiárido (Recasa) incentivou o desenvolvimento do projeto, a partir da formação de cisterna nas escolas.
Segundo Luciana Barbosa da Costa, o Projeto Renasce Minador surgiu em maio de 2015 e tem como objetivo trabalhar a importância da água e das tecnologias de captação de água da ASA para o município. “As cisternas trouxeram segurança hídrica para as famílias, porque o ano passado todas as famílias tinha uma caixa na porta a espera do carro pipa. Isso aumentava o sofrimento das famílias que muitas vezes precisavam buscar água mais distante, e em Minador já não tem mais água nos açudes. Também, com as cisternas eles não precisam comprar verduras nem em Palmeira e Estrela, porque eles podem plantar e consumir, e sem agrotóxico, porque a terra pode dar muita coisa”, ressaltou.
A professora que iniciou o projeto piloto visitando os quintais produtivos dos agricultores e agricultoras do município, Maria Adijavan Cavalcante Ferro, disse que a casa da agricultora Vanuzia da Silva no Sítio Jiquiri é o modelo que Minador precisa para produzir. “Os produtos que consumimos vem de fora, agora já percebemos que tem muitas famílias produzindo depois que conquistaram a cisterna. Então, o que é preciso é incentivar as famílias a produzirem alimentos de qualidade e ainda teriam uma fonte de renda”.
A coordenação continuará com o projeto para despertar na comunidade local o desejo de conservar o bem mais precioso que possuem que é a água das nascentes, e destacar o uso da cisterna como reservatório para melhorar a qualidade de vida.
Junto ao Projeto, a escola comemorou também o aniversário de Minador do Negrão que completou 54 anos no dia 27 de agosto.
Eline Souza – CDECMA
quarta-feira, 10 de agosto de 2016
Pesquisa é apresentada por estudantes do IFAL
Estudantes do 4º ano do Curso Técnico Agropecuária do Instituto Federal de Alagoas (IFAL), Campus Santana do Ipanema-AL apresentaram o trabalho desenvolvido através do Projeto de Extensão Rural Convivendo com o Semiárido, nessa terça-feira (9), no salão Paroquial na cidade de Maravilha-AL. Participaram da reunião agricultores e agricultoras, funcionários do CDECMA, estudantes e professores do IFAL e outros convidados. Eles falaram sobre as principais forrageiras indicadas para a ensilagem, tipos de silo, fechamento e vedação.
De acordo com os alunos o objetivo do trabalho é suprir uma necessidade de alimento para os animais, causada principalmente pelos longos períodos de seca, que ocorrem na região Nordeste. Os estudantes são orientados pelo professor Magno L. de Abreu.
Eline Souza - CDECMA
terça-feira, 9 de agosto de 2016
Vencendo desafios com produção de alimentos no Semiárido
Família de agricultores mostra que no sertão de Alagoas é possível produzir e viver com dignidade basta que exista politicas públicas que ajudem a agricultura familiar. É na comunidade Patos em Poço das Trincheiras que o casal Cícero Alves Graça, 60, e Valdeci Barbosa Graça, 41, pais de 11 filhos, cultivam couve, coentro, cebolinha, pimentão e alface. Parte da produção é comercializada na feira livre e outra, entrega por encomenda. “Semanalmente chego a vender cerca de R$ 250,00 (Duzentos e cinquenta reais), e isso só é possível porque tenho a cisterna calçadão e aqui todos trabalham eu, minha esposa e minhas filhas”, disse o agricultor Cícero Alves Graça.
Eline Souza/CDECMA
sexta-feira, 29 de julho de 2016
Anvisa proíbe venda de extrato e molho de tomate com pelo de roedor de 5 marcas
Produtos da Amorita, Predilecta, Aro, Elefante e Pomarola serão retirados do mercado
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) proibiu a comercialização e a distribuição de quatro lotes de extrato de tomate das marcas Amorita, Predilecta, Aro e Elefante, além de um lote de molho de tomate tradicional da marca Pomarola. A punição às cinco marcas se deu com base em laudos que detectaram matéria estranha indicativa de risco à saúde humana - pelo de roedor - acima do limite máximo de tolerância pela legislação vigente. As empresas terão de recolher os estoques dos produtos existentes no mercado.
As decisões da Anvisa estão publicadas em resoluções no Diário Oficial da União (DOU) desta quinta-feira. A primeira refere-se ao lote L 076 M2P e validade de 01/04/2017 do extrato de tomate Amorita, fabricado por Stella D'Oro. A segunda, ao extrato de tomate Predilecta lote 213 23IE e validade 03/2017. A terceira trata do molho de tomate tradicional Pomarola lote 030903 e validade 31/08/2017 e também do extrato de tomate Elefante lote 032502 e validade 18/08/2017.
Fonte: http://www.correiodopovo.com.br/
Piauí realiza o seu II Festival das Sementes da Fartura
Centenas de agricultores de vários municípios do Piauí vão se reunir nesta quinta e sexta (28 e 29 de julho), no município de Picos, para participarem do II Festival das Sementes da Fartura do Piauí. O evento, realizado pelo Fórum Piauiense de Convivência com o Semiárido (FPCSA) promoverá um intercâmbio de conhecimento e trocas de sementes, com o objetivo de fortalecer o patrimônio genético do Piauí, as sementes crioulas.
Serão aproximadamente 500 participantes, entre agricultores e agricultoras familiares, técnicos, representantes de ONGs e de órgãos de pesquisa do Governo. Com caráter também educativo, o festival promoverá, além da Feira de Sementes, intercâmbios e trocas de sementes entre os agricultores (as).
No evento, ainda será realizada uma caminhada com o objetivo de atrair a população local e chamar atenção para a importância das nossas sementes crioulas, no Piauí, conhecidas como Sementes da Fartura.
O evento contempla o trabalho realizado pelas entidades do FPCSA junto às comunidades rurais do Estado. Através dos encontros e capacitações dos Programas de Formação e Mobilização Social para a Convivência com o Semiárido, os agricultores e agricultoras são incentivados a preservar, resgatar, multiplicar e guardar suas sementes nativas com o intuito de proteger o patrimônio genético de cada região.
PROGRAMAÇÃO FESTIVAL DAS SEMENTES
28/07 - Quinta-feira
07h – Chegada das caravanas nas experiências
12h – Almoço nas comunidades onde acontecerá os intercâmbios
15:30 – Mística de Abertura
16h - Abertura Política do Festival no Auditório do CTD–
19h – Jantar
29/07 – Sexta-feira
06:30 – Café da Manhã
07:30 – Concentração e Caminhada
08:30 – Mística
09:00 – Espaço de intercambio dos agricultores
10:00h – Abertura Oficial da Feira da troca de sementes
12h – Almoço e retorno das caravanas aos seus municípios
FONTE:http://www.asabrasil.org.br/noticias?artigo_id=9650
Violência contra a Mulher ainda é uma realidade no Sertão do Pajeú
No meio rural, os índices de violência são tão graves quanto nas áreas urbanas. A desigualdade de gênero é vista como algo menor e nem no campo da segurança pública as propostas avançaram. Uma pesquisa do DataSenado (2015) apontou que uma em cada cinco mulheres já foi agredida pelo ex ou atual companheiro.
Na assessoria técnica feminista que a Casa da Mulher do Nordeste desenvolve junto com as agricultoras no Sertão do Pajeú, foram realizadas oficinas e discussões sobre a violência contra a mulher no projeto Mulheres na Caatinga, apoiado pelo Programa de Pequenos Projetos Ecossociais (PPP-ECOS), gerenciado pelo Instituto Sociedade, População e Natureza (ISPN). E o que se tem percebido é que o ciclo de violência ainda persiste em suas vidas, e falta mecanismos como os serviços de atendimento à mulher vítima de violência. “Um dos maiores problemas que enfrentamos é a falta de delegacia da mulher. A polícia muitas vezes convence a mulher a não denunciar, e ela continua sofrendo violência”, contou Luciene Ribeiro, 31 anos, do município de Solidão, Sertão do Pajeú.
A mesma pesquisa registrou que, em 2015, 56% das mulheres afirmaram se sentir mais protegidas por causa da lei da Maria da Penha. Com dez anos de existência, a Lei Maria da Penha que responde em casos de violência contra a mulher, está em votação para algumas mudanças. O projeto prevê, entre outras coisas, que as medidas protetivas possam ser expedidas pelo próprio delegado de polícia, sem precisar esperar chegar até o juiz. De acordo com o movimento feminista aprovar esse projeto de lei em nada vai colaborar para melhorar a vida das mulheres. “Ao contrário, pode prejudicar ainda mais o trabalho das delegacias que continua precário. Já é difícil cumprir a Lei Maria da Penha, seja pela falta de serviços de atendimento, seja pela demanda de casos que se aglomeram nas delegacias. E quando você coloca mais uma atividade, a gente tem um entendimento que isso não será feito. Outro ponto importante é escutar as mulheres, o movimento. Em nenhum momento fomos ouvidas sobre as melhorias que podem ser feitas na Lei. E continuamos lutando para que ela seja efetiva na vida das mulheres.”, falou Fátima Santos, coordenadora colegiada do Fórum de Mulheres do Pajeú.
O enfrentamento a todas as formas de violência é condição necessária para um mundo efetivamente sustentável e agroecológico, sendo imprescindível que todos que apoiam um projeto agroecológico repudiem também a violência contra as mulheres. “A violência não é só espancar, o preconceito é um tipo de violência”, disse Josefa Erivoneide, de 40 anos, da comunidade de Canudos, município de São José do Egito.
Fonte: Assessoria de Comunicação da Casa da Mulher do Nordeste
Crédito das fotos:
1. Oficina Violência Contra a Mulher é do Acervo da Casa da Mulher do Nordeste;
2. Violência em Geral é Imagem da Internet.
terça-feira, 26 de julho de 2016
Mulheres na Caatinga mudam a forma de plantar no Sertão
“Sou agricultora desde que nasci, que eu me entendo de gente”, disse Amara Ribeiro, de 42 anos, quando se perguntou sobre sua profissão e seu lugar do mundo. Uma resposta que não é só de Amara, mas de tantas outras sertanejas. Mãe de três filhos cuida da roça e do seu quintal produtivo há anos, mas só nos últimos dois anos participando do Projeto Mulheres na Caatinga, com assessoria da Casa da Mulher do Nordeste, que aprendeu outras formas de plantar e de fazer uma agricultura feminista agroecológica. Da comunidade de Pau Leite, São José do Egito, ela passou a conhecer melhor o bioma Caatinga, e passou a colocar folha seca do chão e estrume para que a planta consiga sobreviver aos longos períodos de estiagem. Dona Amara conta que antes apenas cavava a terra e plantava a muda. E assim fez o seu quintal produtivo com muito pé de frutas, como: cajueiro, mangueira, goiabeira, graviola, acerola, limão, laranjeira, bananeira. E também outros produtos como: capim santo, palma, macaxeira, mandioca, coentro, alface, cebolinha. E completa sua área com a criação de pequenos animais, a exemplo das galinhas e porcos. A vida das sertanejas é de muita sabedoria, e foi baseado nesse saber que o projeto Mulheres na Caatinga, que contou com o apoio do Programa de Pequenos Projetos Ecossociais (PPP-ECOS), gerenciado pelo Instituto Sociedade, População e Natureza (ISPN), também priorizou a troca e as experiências das mulheres no campo. “Aprendemos a fazer doce, como o de leite, sabão, a polpa de fruta. As 10 mulheres que participaram do projeto daqui da comunidade vão formar um grupo. Do que aprendemos vamos decidir por fazer algo que nos dê renda”, contou Amara Ribeiro que também depende de programas sociais para sobreviver. Das oficinas sobre gênero, também pontuou que os diálogos com o marido foram necessários. “Agora a gente faz o que quiser e antes era se o marido permitisse. As oficinas abriram meus olhos, e falo para meu marido que as coisas modificaram e que a escravidão já passou”, disse. Outra tecnologia que beneficia a vida das mulheres e também a conservar o bioma caatinga, é o fogão agroeocológico, que desenvolvido pela Casa da Mulher do Nordeste é replicado para outras mulheres em forma de oficinas. “Quando temos reunião lá em casa, a gente sempre está conversando sobre nossas vidas, sobre o bioma caatinga, sobre o fogão agroecológico. Que não vamos mais comprar o pão, nós vamos fazer eles, assim como os bolos e assar carne. Esse fogão não tem fumaça, vai ser maravilhoso”, completou. Fonte: Assessoria de Comunicação da Casa da Mulher do Nordeste
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