quarta-feira, 26 de outubro de 2016

EneASA acontece no Semiárido alagoano

Cerca de 70 pessoas participam do 15º Encontro Estadual da Articulação Semiárido Alagoano (EneASA) que acontece no período de 26 a 28 de novembro, no Centro de Treinamento Pio XII em Palmeira dos Índios-AL . Os participantes são agricultores e agricultoras camponesa, representantes de Associação, técnicos, e comunicadores populares da região do Alto e Médio Sertão de Alagoas, Agreste e de Maceió. O EneASA tem como objetivo discutir sobre Agricultura Camponesa: Semiárido Território de Vida. No período do encontro serão realizadas oficinas, intercâmbios de experiência de luta e organização camponesa, palestras, roda de conversa. Segundo o agricultor Sebastião Rodrigues Damasceno do Sitio Cabaceiro em Santana do Ipanema-AL, esse é um momento de grande aprendizado com as experiências de convivência no Semiárido. “Precisamos discutir a conquista de direitos de acesso à semente crioula, a terra, a água, a educação, a saúde, a comunicação, porque esses e outros direitos estão sendo negados. Esperamos que o governo escute a sociedade e dê condições do agricultor continuar vivendo na região, produzindo no pedacinho de terra alimento com sustentabilidade”, destacou o agricultor. Sebastião Damasceno tem na propriedade cerca de duzentas variedades de sementes crioula, que são adaptadas ao clima e ao solo da região. Para o EneASa ele trouxe 45 variedades de sementes, sendo, vinte de feijão de arranca, três de feijão de corda, seis de milho, cinco de fava, três de algodão, duas de palma, duas de melancia, duas de abóbora, gergelim e de sementes nativas de mororó, umbuzeiro, umburana de cheiro, catingueira, baraúna, coco ouricuri, rabo de raposa, mandacaru . Outros agricultores (as) também trouxeram produtos que representam a potencialidade do Semiárido. Eles mostram que é possível produzir e viver bem na região, mas é fundamental políticas publicas de convivência, que promova a segurança hídrica, alimentar e nutricional. Porém, essas políticas estão sendo cortadas pelo governo, o que favorece a indústria da seca e aumenta o sofrimento da agricultura camponesa no Semiárido alagoano. Elessandra Araújo

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