sexta-feira, 25 de novembro de 2016
Feira reúne saberes e sabores do Semiárido, durante o IX EnconASA
Por Nelzilane Oliveira - comunicadora popular da ACB
Abertura da feira de saberes e sabores do IX EnconASA conta com diversas apresentações culturais | Foto: Mailson Pedro
“A feira expressa a nossa cara, expressa nossa maneira de inventar e reinventar. De dizer que somos capazes, por toda dificuldade que passamos e vivemos”. Foi assim que a agricultora membro da Rede Xique-Xique, Francisca Eliane, conhecida por Neneide, definiu os espaços das feiras agroecológicas e livres que permeiam a cultura dos povos do semiárido brasileiro, no evento de abertura da feira de saberes e sabores do IX EnconASA. Ao final de sua fala, neneide convidou os presentes a conhecerem a feira. “Visitem as barracas, vejam a diversidade que temos tanto da economia solidária como da agroecologia. Como Rede Xique Xique da agricultura familiar, como de nós mulheres”.
Ainda na abertura da feira, a delegação do Ceará apresentou uma ciranda. Segurados na barra de uma saia gigante, tecida como as colchas de retalhos, as pessoas dançaram e rodaram expressando a alegria que as feiras possuem. O espaço conta com barracas que expõem produtos como artesanato, doces, cachaças artesanais, queijos, mudas de plantas e etc. A feira conta inclusive com a exposição do fogão solar - modelo de energia renovável – trazido pela delegação de Minas Gerais.
Outro estande que inovou foi o de Natal no Rio Grande do Norte que trouxe práticas de permacultura. “Não conhecia o EnconASA, consequentemente procurei não criar muita expectativa em relação a feirinha. Tô achando muito massa, é muito bom ver essas experiências e tá inserido nesse meio. A importância [desse evento] eu acho que é justamente esse reconhecimento, e consequentemente este fortalecimento que acontece. A gente de Natal tá aqui do lado do pessoal de Mossoró e fazemos uma conexão a nível de estado, e ao mesmo tempo temos o contato com o pessoal de Minas Gerais e os outros estados”, afirma Juliano Petrovich que faz parte da delegação da capital potiguar.
A feira conta com artesanato dos dez estados do Semiárido | Foto: Nelzilane Oliveira
As delegações estão animadas e empolgadas com a feira. A satisfação em poder estar neste espaço de troca experiências tem sido observada tanto por quem está no evento, quanto por quem está expondo produtos. Assim nos relata Rita Maria de Oliveira, Tururu – CE. “É o primeiro ano que participo do EnconASA, acho muito importante as feiras acontecerem porquê a gente tá divulgando nossos produtos. A feira é uma maneira de sobrevivência, é uma economia a mais na vida da gente. Seria muito bom se acontecessem em cada encontro, seria o ideal mesmo, seriam um forma de fazer a economia solidária na prática”, diz a agricultora e feirante agroecológica, que trouxe doce-de-caju, bolos e caju-ameixa.
As trocas de saberes e sabores na feira do evento permitem que os participantes possam conhecer um pouco da cultura de cada estado do Semiárido. Este é também um espaço de comunicação, visto que os olhares e aprendizados de quem participa serão levados e contado em suas comunidades, quando eles e elas voltarem aos seus territórios. Em torno deste cenário, “a feira do EnconASA e a feira como um todo é sempre um momento muito rico de troca de experiências de saberes de um dos conhecimentos populares muitas vezes inacessíveis porque são saberes comunitários. Por sermos de vários estados a gente tem acesso aquelas comunidades mais distantes então você
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