sábado, 23 de fevereiro de 2013

Agricultores realizam feira agroecológica



A força da agricultura familiar no sertão alagoano
 Os agricultores e agricultoras familiares que integram a feira agroecológica de Maravilha em Alagoas vêm resistindo à estiagem prolongada e vendem bolo, cocada, doces, mel, pudim, galinha guisada acompanhada com xérem, ovos, hortaliças, frutas e produtos artesanais, toda primeira e terceira quinta-feira de cada mês, na praça em frente ao mercado público. A cada feira novos produtos são apresentados para população, que procura qualidade e bom atendimento.  
A feira organizada pelo Centro de Desenvolvimento Comunitário de Maravilha (CDECMA) iniciou com um grupo de doze famílias em agosto de 2011, porém, devido à estiagem prolongada à produção diminuiu e o número de participantes reduziu para seis. Mas, os que resistem com entusiasmo conquistam o consumidor.
Segundo um dos representantes do grupo, Amilto Bezerra, a feira é um espaço de divulgação dos produtos da agricultura familiar e uma alternativa para gerar renda para as famílias. "Essa feira mudou muito a vida dos que resistem as dificuldades do tempo, por isso, quando chega o dia de vir à gente não sabe ficar em casa”, destacou.   
Os agricultores se reúnem dois dias antes da feira para avaliarem os produtos que serão comercializados, a organização da produção, a divulgação da feira, entre outros assuntos.  
Ainda para Amilto Bezerra "as  reuniões contribuem para fortalecer os participantes, por isso, mesmo com a estiagem e diminuição dos produtos não vamos desistir e se faltar hortaliças a gente vai buscar novas alternativas", concluiu.

Elessandra Araújo

domingo, 17 de fevereiro de 2013

Barragem subterrânea fortalece a agricultura familiar no sertão alagoano


O verde predomina com a água da barragem subterrânea
 Na comunidade Bananeira em São José da Tapera o agricultor Edésio Alves, popular Dedé mostra que mesmo no período de estiagem prolongada as frutíferas, leguminosas e espécies da caatinga entre outras, se desenvolvem devido à água da barragem subterrânea.  Na propriedade o agricultor planta coentro, cebola, alface, milho, feijão de corda, macaxeira, batata-doce, capim, cana-de-açúcar, além de mamão, laranja, ciriguela, acerola, caju, mangueira, abacaxi, pitanga, jambo, carambola, amora, figo, jenipapo, coqueiro, umbu e ervas medicinais.   
A tecnologia social foi implementada através do Programa Uma Terra e Duas Águas (P1+2) da Articulação do Semiárido Brasileiro (ASA Brasil), que serviu de incentivo para o agricultor construir mais uma barragem.  
Da primeira barragem construída através do P1+2 ele obtém nesse período de estiagem cerca de 30 mil litros de água, e da segunda barragem 12 mil litros diariamente. Segundo ele “já faz  dois anos de estiagem e essa barragem não recebe água, mas graças a Deus é dela que eu tiro o meu sustento e o da minha família. Se não fosse essa barragem eu não sei o que seria de mim”, concluiu.
A tecnologia de baixo custo e fácil implementação mostra que no sertão de Alagoas o agricultor pode viver e produzir, pois existe água na região. 

Elessandra Araújo

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

No sertão de Alagoas tem água mesmo no período de estiagem






A água do poço ajuda a manter a vida no sertão de Alagoas

Após cinco anos desativado o poço artesiano de Goiabal em Mata Grande foi ativado com a bomba popular do Programa Uma Terra e Duas Águas (P1+2) da Articulação do Semiárido (ASA-Brasil). O Centro de Desenvolvimento Comunitário de Maravilha (CDECMA) através do P1+2 implementou no período de outubro a dezembro de 2012 nove bombas popular em poços que estavam desativados nos municípios de Olho D´Água das Flores, Cacimbinhas, Inhapi e Mata Grande. As famílias falam da importância do poço para a comunidade, segundo o agricultor José Augusto dos Santos (popular Dedé), diariamente é retirado do poço em Goiabal no mínimo 20 tambores de água, equivalente a 200 lt cada. “A gente tira água para os animais, para uso doméstico e até para beber, porque aqui nunca chegou carro pipa. Até para fazer o piso da igreja e construir duas cisternas usamos água do poço”, destacou o agricultor.
O poço mede 50 metros de profundidade e atende mais de dez famílias em Goiabal. A agricultora Maria das Graças disse: “esse poço aqui foi uma bênção de Deus, porque a água que a gente ia buscar em um riacho bem distante daqui é salgada e agente usava pra beber. Agora nossa valia é esse poço, porque a gente lava roupa, prato e tem gente que já está bebendo.” 
Além das bombas bopular o CDECMA implementou nos municípios de Mata Grande, Inhapi, Cacimbinhas e Olho D´Água das Flores 67 cisterna calçadão, 25 cisternas de enxurrada, 60 barreiros trincheiras, 10 tanques de pedras, oito barragens subetrranea, quatro barraginhas e apoio para bancos comunitários de sementes e viveiro de mudas, entres outras ações junto aos agricultores e agricultoras para convivência no semiárido.

Elessandra Araújo