O Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais de Mata Grande (STTR) acompanhou junto com outros membros da comissão municipal e o secretário municipal de agricultura o processo de cadastramento e seleção das famílias que serão beneficiadas com o Programa Uma Terra e Duas Água (P1+2) da ASA, no período de 16 a 20 de julho. O Programa é implementado pelo Centro de Desenvolvimento Comunitário de Maravilha (CDECMA) nos municípios de Mata Grande, Inhapi, Olho D´Água das Flores e Cacimbinhas.
Em Mata Grande nas comunidades Boa Vista e Salgado do Lino foram
selecionadas 70 famílias que receberão cisterna calçadão, cisterna de
enxurrada, barragem subterrânea, barraginha, barreiro trincheira, tanque de pedra
e apoio para viveiro de mudas. Segundo o presidente do sindicato, Everaldo
Sarmento Visgueiro, para viver no semiárido é necessário estocar a semente e a
água e essas tecnologias diminuirão o sofrimento das famílias que não tem água
para dar os animais e nem para plantar. “O semiárido é um lugar com muito
potencial de gente acolhedora, trabalhador e trabalhadora, mas para viver aqui,
principalmente na zona rural, é preciso mais políticas públicas e o (P1+2) é um
dos caminhos para o desenvolvimento da região”, ressaltou.
As dificuldades de acesso à água, animais magros e outros
morrendo de fome e sede entristece os moradores da região que reclamam por não
serem assistidos por medidas para conviver com a seca. O
agricultor Sebastião Lima do Nascimento, popular Tião Gouveia, disse “o
pobre vive de teimoso porque tudo cai na espinha dele, porque até água pra beber
a gente tem que comprar”.
De acordo com o presidente do STTR no período
chuvoso perde-se muita água com o escoamento superficial, que poderia ser
aproveitada em reservatórios. "Essas águas passam nas propriedades dos
agricultores e agricultoras e provocam erosão. Na região tem nascente e chove,
mas é preciso proteger essas nascentes e estocar essa água de chuva", concluiu.
O agricultor e presidente da Associação
de Boa Vista, membro da comissão municipal, João Batista, destacou “esse
Programa é tudo pra gente. A gente nem sabe como agradecer a Deus, porque esses
benefícios vai ajudar a gente a viver na terra de nossos pais e avós. Aqui o
sofrimento por água é muito grande e nessa seca a coisa ficou pior. Tem lugares
pertinho da gente que não chove há quase um ano”.
Assessoria da UGT CDECMA
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