sábado, 21 de julho de 2012

Políticas pública ajuda famílias no semiárido


O Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais de Mata Grande (STTR) acompanhou junto com outros membros da comissão municipal e o secretário municipal de agricultura o processo de cadastramento e seleção das famílias que serão beneficiadas com o Programa Uma Terra e Duas Água  (P1+2) da ASA, no período de 16 a 20 de julho. O Programa é implementado pelo Centro de Desenvolvimento Comunitário de Maravilha (CDECMA) nos municípios de Mata Grande, Inhapi, Olho D´Água das Flores e Cacimbinhas.
Em Mata Grande nas comunidades Boa Vista e Salgado do Lino foram selecionadas 70 famílias que receberão cisterna calçadão, cisterna de enxurrada, barragem subterrânea, barraginha, barreiro trincheira, tanque de pedra e apoio para viveiro de mudas. Segundo o presidente do sindicato, Everaldo Sarmento Visgueiro, para viver no semiárido é necessário estocar a semente e a água e essas tecnologias diminuirão o sofrimento das famílias que não tem água para dar os animais e nem para plantar. “O semiárido é um lugar com muito potencial de gente acolhedora, trabalhador e trabalhadora, mas para viver aqui, principalmente na zona rural, é preciso mais políticas públicas e o (P1+2) é um dos caminhos para o desenvolvimento da região”, ressaltou.
As dificuldades de acesso à água, animais magros e outros morrendo de fome e sede entristece os moradores da região que reclamam por não serem assistidos por medidas para conviver com a seca. O agricultor Sebastião Lima do Nascimento, popular Tião Gouveia, disse “o pobre vive de teimoso porque tudo cai na espinha dele, porque até água pra beber a gente tem que comprar”. 
De acordo com o presidente do STTR no período chuvoso perde-se muita água com o escoamento superficial, que poderia ser aproveitada em reservatórios. "Essas águas passam nas propriedades dos agricultores e agricultoras e provocam erosão. Na região tem nascente e chove, mas é preciso proteger essas nascentes e estocar essa água de chuva", concluiu.  
O agricultor e presidente da Associação de Boa Vista, membro da comissão municipal, João Batista, destacou “esse Programa é tudo pra gente. A gente nem sabe como agradecer a Deus, porque esses benefícios vai ajudar a gente a viver na terra de nossos pais e avós. Aqui o sofrimento por água é muito grande e nessa seca a coisa ficou pior. Tem lugares pertinho da gente que não chove há quase um ano”.


Assessoria da UGT CDECMA

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