quinta-feira, 19 de julho de 2012

Famílias são beneficiadas com o Programa da ASA no sertão de Alagoas

 Na comunidade Salgado do Lino, onde vivem 62 famílias, os animais estão morrendo por falta de fome e sede.  A agricultora Iranilda Dantas de Lima disse “em minha casa tinha plantado algumas fruteiras como siriguela, goiabeira, limão, bananeira, mangueira e tinha minha horta, mas morreu tudo com a seca. Nessa comunidade já morreram mais de cem animais e se essa situação continuar a gente não sabe como vai ser.”      
Segundo a agricultora, Maria Ângela dos Santos, dez famílias foram embora da comunidade, porque não conseguiram sobreviver à seca. “As famílias que ainda estão aqui é porque tinham feijão guardado e ainda tem um animalzinho para ir vendendo e se alimentar”, ressaltou. 
O agricultor Naldo da Silva Teixeira destacou “duas vezes por semana vou com o carro de boi para comunidade Morro Vermelho, a 6 km daqui, para buscar água para os animais. Antes eu pegava água de um barreiro que estar seco. Só tenho água para beber por causa de uma cisterna que levo água para botar nela”.    
Distante da cidade e convivendo com a seca o agricultor Sebastião Lima do Nascimento, popular Tião Gouveia, desabafou "se não fosse a cisterna de placa nossa vida seria pior. Porque, quando a gente tem dinheiro a gente compra água de carro pipa no valor de R$ 150,00 para abastecer a cisterna. E se não tivesse onde colocar essa água seria pior".
Através do Programa Uma Terra e Duas Águas (P1+2) da Articulação do Semiárido, o Centro de Desenvolvimento Comunitário de Maravilha (CDECMA) selecionou e cadastrou na comunidade 10 famílias que receberão cisterna calçadão, barragem subterrânea, barreiro trincheira e cisterna de enxurrada. Na comunidade apenas seis famílias dispõem de cisterna calçadão e barragem subterrânea “nesse período de seca não temos tanto problema com água para beber e dar os animais, porque temos a cisterna calçadão e a cisterna de placa, disse a agricultora, Sônia Dias da Silva.  

Elessandra Araújo
  

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