Agricultoras mostram a realidade do sertão e o P1+2
O sofrimento das famílias que vivem em regiões castigadas
pela seca diminuirá nas comunidades Maracujá, Pedra Branca, Patos, Vaca Branca,
Lagoa Nova, Lagoa do Algodão e Cinco Umbuzeiros em Inhapi. Segundo a
representante da Associação Baixa do Galo, Silvaneide Silva dos Santos Barros, no
período mais crítico da seca muitos animais já morreram e os que sobrevivem já
não têm o que comer “Nessas comunidades as famílias queimam o mandacaru, tiram
os espinhos e dar os animais, mas até o mandacaru já estar difícil de encontrar.
Aqui não tem açudes e nem barragem, essas famílias são bem desfavorecidas de
tudo”, ressaltou.
Ainda de acordo com Silvaneide existem agricultoras que
estão apresentando problemas de saúde por não dispor de dinheiro para comprar
ração para os animais. “Aqui a tarefa de palma estava no valor de R$ 3.500,00. As
famílias mal têm dinheiro para sobreviver, os que vivem aqui são dependentes de
bolsa família e aposentadoria, por isso sofrem por ver o animal berrando de
fome e sede”, ressaltou.
Segundo a agricultora do assentamento Patos, Maria Marcos da
Silva, no mês de junho morreram 30 animais próximo ao assentamento Patos. “até
o mês passado a gente queimava o mandacaru alastrado e a macambira para dar
comida os animais. Mais agora com as primeiras chuvinhas a coisa estar
melhorando, e com essas outras cisternas a coisa vai melhorar. A minha cisterna de água pra beber estar mais de meia e quando vier as outras aí vamos poder plantar nossa horta ”, ressaltou.
Através do Programa Programa Uma Terra e Duas Águas (P1+2),
da Articulação do Semiárido, o Centro de Desenvolvimento Comunitário de Maravilha
(CDECMA), cadastrou e selecionou junto com a comissão municipal , 58 famílias que serão beneficiadas com tanque de pedra,
cisterna calçadão, cisterna de enxurrada e barreiro trincheira. O agricultor,
Izidoro José da Silva, 78, de Lagoa Nova, disse “essas tecnologias vai
desenvolver a vida das famílias, porque sem água elas não têm como trabalhar,
porque o lugar é muito precário e seco. Nesse tempo o cabra fica aperreado para
dar comida os bichos. Vendendo umas para comprar palma. Agora eu vendi dezessete
animais e só vendi porque não tinha pastagem, e a palma estava ficando pouca.
Aqui a gente vende três pra comprar uma” destacou.
Assessoria da UGT CDECMA