segunda-feira, 29 de maio de 2017

ASA trabalha para superar os desafios

Em dias de chuva e no ambiente decorado com objetos que representam a cultura popular do Semiárido alagoano, associado a momentos com dinâmica de grupo e mística, os participantes da reunião ampliada da ASA constroem estratégias para superar os desafios e retrocessos que vive a agricultura familiar.
Na reunião ampliada da Articulação Semiárido Alagoano (ASA) ocorrida nos dias 25 e 26 de maio na Associação de Agricultores Alternativos (AAGRA) em Igaci-AL, agricultoras e agricultores, técnicos, representante da rede alagoana de agroecologia e da rede de educação contextualizada para o Agreste e Semiárido (Recasa), membros da coordenação da ASA avaliaram como as decisões politicas nas três esferas de governo federal, estadual e municipal interferem na agricultura familiar e convivência com o Semiárido.
Nesse resgate foi analisada a perda de direitos da agricultura familiar com a extinção do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) e do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate a Fome (MDS). Os temas relacionados à assistência técnica e extensão rural (ATER), agroecologia, reforma agrária, convivência com o Semiárido não tem relevância no âmbito nacional. E no âmbito estadual o cenário não é diferente com a política excludente e que interfere no processo de formação e mobilização para convivência no Semiárido.
Também, no processo de discussão e construção de conhecimento outras ações foram desenvolvidas como o teste de transgênico com sementes de milho e trabalhos em grupos sobre as seguintes temáticas: Sementes, educação contextualizada e juventude, mulheres e comunicação. Nos trabalhos em grupo foram descritos os avanços, os retrocessos, os desafios e os encaminhamentos referentes a cada temática. Já em relação ao teste de transgênico das doze variedades de milhos analisadas, duas amostras foram positivas.
“O teste tem o objetivo de analisar as sementes de milho cultivadas pelos agricultores e agricultoras familiares das comunidades ou microrregião onde existem bancos comunitários de sementes crioulas. A ideia é avaliar ocorrências de contaminação dessas variedades crioulas por variedades geneticamente modificadas, seja através de roçado dos vizinhos, por meio das sementes comercializadas pela Conab para ração ou até mesmo por inserção de sementes transgênicas via casas comerciais”, ressaltou o coordenado do Programa em Alagoas, Mardônio Alves da Graça da Cooperativa dos Bancos Comunitários de Sementes (Coppabacs).
Os resultados obtidos na reunião ampliada contribuirão para o fortalecimento da rede ASA. Elessandra Araújo

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