Lixão da cidade de Penedo
Além de contribuir para a degradação do solo, da água e do ar, os lixões representam o cenário de degradação social no estado de Alagoas. Nos municípios de Penedo e Palmeira dos índios trabalhadores buscam forma de sobreviver catando materiais recicláveis nos lixões. Muitos, sem botas, luvas e máscara falam sobre os acidentes ocasionados com agulhas, vidros e outros materiais perfurocortantes. Segundo Alzenira da Silva, catadora de lixo em Palmeira dos Índios “já levei muitos cortes de vidro, mas não tem outro jeito, pois como vamos viver”, perguntou.
Os ferimentos ocasionados com agulhas e materiais perfurocortantes, em geral, são considerados extremamente perigosos por serem potencialmente capazes de transmitir mais de vinte tipos de patógenos diferentes.
O número de catadores expostos aos diversos tipos de doenças no lixão de Palmeira dos Índios chega a cerca de cinqüenta. Eles obtêm com os materiais vendidos uma renda que varia de R$ 30,00 a 300,00 mensalmente. Cada material tem seu valor, por exemplo, o quilo do osso é R$ 0,10 e do plástico R$ 1,50.
Já no município de Penedo, embora tenha sido construído aterro sanitário, sua operação é ineficiente e a área transformou-se num lixão, onde cerca de vinte pessoas disputam o lixo com os urubus.
Lixão de Penedo
Além de material recicláveis são catados objetos de uso e resto de alimentos para consumo humano e animal.
Impactos Ambientais
Na construção do Aterro de Penedo foi construído um sistema de coleta e tratamento de chorume, líquido gerado pela decomposição do lixo. No entanto como o sistema de tratamento também está sem operação, a lagoa transborda, escoa superficialmente e percola no solo. A parte que percola no solo escoa em direção a uma área de mata atlântica, nas proximidades do lixão, desaguando em uma lagoa conhecida como Caradanjo.
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