domingo, 29 de dezembro de 2019
segunda-feira, 2 de dezembro de 2019
Escolas comemoram a conquista da cisterna em Dois Riachos-AL
Após seis meses no processo de formação para conservação dos recursos naturais, educação contextualizada para convivência no Semiárido através do Projeto Cisterna nas Escolas. A comunidade escolar das escolas Ormindo da Graça, Nossa Senhora da Conceição e Estadual Cônego José Bulhões em Dois Riachos-Al, comemorou a inauguração da construção da cisterna de 52 mil litros e do bioágua, que mudará a realidade de acesso à água na escola para beber e plantio da horta.
No mês de novembro a cidade de Dois Riachos enfrentou a escassez de água, e escolas que não tinham grandes reservatórios de armazenamento tiveram que suspender as aulas. Com a conquista das cisternas professoras avaliam que as aulas não serão mais suspensas, devido à falta de água.
As escolas Ormindo da Graça e Cônego José Bulhões conquistaram a cisterna e o bioágua escolar; e a escola Nossa Senhora da Conceição conquistou a cisterna.
Para comemorar, professoras e estudantes organizaram apresentações de música sobre a água, consumo de alimentos saudáveis, dança, e depoimentos sobre a importância do Projeto Cisterna nas Escolas.
A celebração contou também com pais de estudantes, representante da Fundação Avina, Marvson; o prefeito de Dois Riachos, Ramon Camilo, da Secretaria de Educação do município e do Cdecma.
O prefeito ressaltou a importância do projeto para as escolas. Nessa conjuntura o representante da Avina e do Cdecma falou sobre a importância de manter a educação do campo, das políticas públicas.
As escolas conquistaram o Projeto Cisterna através da parceria entre a Fundação Avina e a entidade Cdecma, o município de Dois Riachos, com o financiamento da água AMA. A água AMA é um produto da Ambev, e 100% do lucro da venda da água é destinado para projetos sociais de acesso a água potável no Semiárido Brasileiro.
Ascom Cdecma
quinta-feira, 28 de novembro de 2019
Encontro da Recasa no Semiárido Alagoano
A educação do campo e contextualizada transforma a vida de estudantes, professores (as) nas escolas que desenvolvem a pedagogia Peads. As experiências de transformação para o crescimento do ser humano e a convivência no Semiárido foram apresentadas no XII Encontro de Educação Contextualizada da Rede de Educação Contextualizada e Convivência com Semiárido (Recasa).
No Encontro a Recasa fez homenagem a Articulação Semiárido Brasileiro (ASA Brasil) pelos seus 20 anos de trabalho com as implementações de cisternas de água pra beber e produzir e outras tecnologias sociais, bancos de Sementes Crioulas e formação para convivência no Semiárido.
Em roda de conversa e apresentações os participantes revelaram experiências que nasceram no pedaço de terra onde vivem, e mostram que é possível transformar a realidade a partir de uma educação que respeite o meio ambiente e o ser humano.
Também, os participantes contaram com a valiosa contribuição do professor Abdalaziz de Moura do Serviço de Tecnologia Alternativa (Serta) com o painel Formação de professores à distância e o PEADS; Exposição do Eixo Currículo Contextualizado sob a luz do Encontro Nacional de Educação Contextualizada realizado por Veronica Cassimiro e Claudia da Fundaj e Resab e o painel: Uma visão sobre os professores e professoras no Brasil e o Peads com Júlio Alves e Fernanda Bizzaria.
A organização do Encontro superou os desafios para realizar o momento de construção do conhecimento para a educação mais humana. E os desafios continuam. Cristianlex da Recasa destacou: “a Recasa tem um desafio para os próximos anos, devido aos retrocessos, mas é preciso resistir. A educação do campo é muito importante para o nosso país. Dentro desse retrocesso não podemos nos deixar abater. Vamos resistir”. O Encontro aconteceu na terça-feira (26), na Associação de Agricultores Alternativos (AAGRA) e contou com a participação de estudantes, agricultores (as), professores (as), pesquisadoras (es) e outros convidados. Ascom Cdecma
quinta-feira, 24 de outubro de 2019
Encontro de agricultores do P1+2 no Semiárido Alagoano
Agricultoras e agricultores trocam experiências no intercâmbio intermunicipal. As famílias conquistaram as cisternas calçadão e enxurrada em 2018, do Programa Uma Terra e Duas Águas (P1+2), e o caráter produtivo fomento para fortalecer a produção no quintal de casa. Nesse espaço, os agricultores (as) Cícero Bezerra de Lima, Rosenilda Silva Lima e Quitéria Santos de Souza da comunidade Camuxinga em Santana do Ipanema, Claudiane Lima do Nascimento e Elias da comunidade Maracujá em Inhapi-AL mostram que é possível produzir alimentos saudáveis e criar pequenos animais com a água das cisternas, colocando em prática as formações obtidas do P1+2.
A conquista da cisterna mudou a vida das famílias, algumas viviam em extrema pobreza, com renda per capita de até 170,00 (cento e setenta reais). Após a implementação da cisterna e do caráter produtivo as famílias conseguem produzir couve, beterraba, cenoura, coentro, repolho, alface, berinjela, abóbora, melão, cebolinha, tomate, pimentão, ervas medicinais e frutíferas. O excedente da produção é comercializado na comunidade e nas feiras de agroecologia em Santana do Ipanema e Ouro Branco-AL.
“Agora é melhor, porque a gente planta, colhe, vende, dá as pessoas e a gente sabe o que está fazendo. Não existe outro plano melhor do que a cisterna”, disse a agricultora Rosenilda Silva.
O intercâmbio do Programa Uma Terra e Duas Águas (P1+2), da Articulação Semiárido Brasileiro (ASA Brasil), financiado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) é executado pelo Cdecma nos municípios de Ouro Branco-AL e Santana do Ipanema-AL, e a entidade Caritas Diocesana de Palmeira dos índios nos municípios de Inhapi-AL e Mata Grande-AL.
Através do Programa o Cdecma implementou 201 tecnologias sociais, sendo cisterna calçadão, cisterna enxurrada e barreiro trincheira em Ouro Branco e Santana do Ipanema.
Ascom Cdecma
sábado, 19 de outubro de 2019
Projeto promove construção do conhecimento
Estudantes e professores (as) que conquistaram o projeto Cisterna nas Escolas da Fundação Avina, com recurso da água AMA em Dois Riachos-AL participaram do intercâmbio na escola municipal Eloi Barbosa, em Palmeira dos Índios-AL.
No encontro de troca de experiências professor e professoras da escola Eloi Barbosa junto à coordenadora de Educação do Campo, Jeane Vieira da Silva da Secretaria Municipal de Educação (Semed), de Palmeira dos Índios-AL, apresentaram a metodologia de trabalho para educação do campo, contextualizada e as atividades desenvolvidas pelos estudantes, que fortalecem o desenvolvimento do ser humano no ambiente escolar e na sociedade.
Eles mostraram aos participantes do intercâmbio o uso da cisterna como instrumento pedagógico no ambiente escolar, trabalhos desenvolvidos com ervas medicinais, o plantio de horta, o reúso da água com a implementação do bioágua, a composteira, e outras atividades contextualizadas para envolver a comunidade escolar.
De acordo com o coordenador da escola, Paulo Anjos Silva, o trabalho desenvolvido dentro do projeto pedagógico mudou o IDEB da escola de 3.3 para 5.7 e extinguiu a evasão escolar. Ele ressaltou também que a escola não tem problema com indisciplina de alunos (as).
“Aprendi muito com cada experiência apresentada, e vejo que é possível mudar uma realidade com educação contextualizada e compromisso”, disse Ana Rosa G. Silva professora do EJA da escola municipal Nossa Senhora da Conceição em Dois Riachos-AL.
Além da professora Ana Rosa os demais participantes elogiaram as ações da equipe Eloi Barbosa, que serve de modelo para uma educação transformadora com compromisso, respeito e amor.
Participaram do intercâmbio professoras, professores e alunos das escolas Ormindo da Graça, Nossa Senhora da Conceição e Cônego José Bulhões de Dois Riachos-AL. O encontro foi realizado no dia 17 de outubro pela entidade Cdecma.
Em parceria com a Fundação Avina e do município de Dois Riachos o Cdecma executa o Projeto Cisterna nas Escolas.
Ascom Cdecma
quinta-feira, 3 de outubro de 2019
Água AMA proporciona mudança em escolas de Dois Riachos
Após participarem da capacitação em Educação Contextualizada, do Projeto Cisternas nas Escolas, estudantes e funcionários das escolas Ormindo da Graça, Nossa Senhora da Conceição e Cônego José Bulhões em Dois Riachos-AL, vivenciaram outro momento de construção do conhecimento na capacitação em Produção e consumo de alimentos saudáveis, realizada na escola Estadual Cônego José Bulhões em Dois Riachos-AL. Além das formações para convivência no Semiárido estão sendo construídas as cisternas de 52 mil litros e o bioágua.
As escolas conquistaram o Projeto Cisterna através da parceria entre a Fundação Avina e a entidade Cdecma, com o financiamento da água AMA. A água AMA é um produto da Ambev, o lucro da venda da água é destinado para projetos sociais de acesso a água potável no Semiárido Brasileiro.
Ascom Cdecma
quarta-feira, 14 de agosto de 2019
Projeto cisterna nas escolas proporciona troca de conhecimento
As escolas Ormindo da Graça, Nossa Senhora da Conceição e a escola Estadual Cônego José Bulhões dos municípios de Dois Riachos-AL, conquistaram as cisternas com capacidade de 52 mil litros, o bioágua para reuso das águas cinza. Através do Projeto Cisterna nas Escolas funcionários dessas escolas participaram da Capacitação Municipal para ajudar a planejar as ações que estão sendo executadas.
Faz parte das ações do Projeto às capacitações sobre o Gerenciamento de Água Escolar (GRH-E), Sistema Simplificado de Água para Produção (Sisma), Educação Contextualizada, intercâmbio, oficina sobre o bioágua e construção de canteiros.
Nas formações os participantes dialogam sobre os desafios e as potencialidades do Semiárido, as estratégias para uma melhor convivência na região, consumo e produção de alimentos saudáveis, cuidado com a água, conservação do solo e outras temáticas que estão relacionadas à convivência com o Semiárido.
Com a construção da cisterna e o conhecimento adquirido, a comunidade escolar junto com a equipe do Cdecma implantará a horta na escola e o plantio de ervas medicinais.
O Projeto que iniciou no mês de junho e terminará em novembro é realizado através da parceria entre o Centro de Desenvolvimento Comunitário de Maravilha (Cdecma) e a Fundação Avina, com o apoio da Prefeitura Municipal de Dois Riachos-AL, financiado pela AMA - Ambev.
Fundação Avina
É uma fundação latino-americana que tem o objetivo de produzir transformações em grande escala para o desenvolvimento sustentável, através da construção de processos de colaboração entre atores de diferentes setores. Com o apoio de diferentes atores a Fundação Avina visa impactar de forma positiva os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).
Um dos colaboradores da Fundação Avina é a Ambev. E de acordo com informações divulgada pela Ambev, 100% do lucro da água AMA é destinado para projetos de acesso à água potável no Semiárido brasileiro.
Elessandra Araújo
segunda-feira, 10 de junho de 2019
Seminário de turismo no sertão alagoano
As potencialidades e belezas do sertão alagoano serão discutidas e apresentadas no 1º Seminário Sertanejo de Turismo Comunitário, que será realizado nos dias 12 e 13 de junho, na sede da Cooperativa de Pequenos Produtores Agrícolas dos Bancos Comunitários de Sementes (Coppabacs), em Delmiro Gouveia-AL.
“No seminário discutiremos a geração de renda nas comunidades, tendo como propósito fortalecer a identidade cultural das comunidades que fazem o roteiro para o turismo, trabalhar a formação e a capacitação profissional para mulheres e jovens nas comunidades”, disse o diretor administrativo da Cooperativa de turismo, Lazer e Cultura do Alto Sertão Alagoano (Cooptursertão), Edimir Francisco da Silva.
Ainda segundo Edimir Francisco o turismo comunitário contribuirá para garantir um equilíbrio ambiental na conservação e gestão das áreas de biodiversidade.
O seminário é aberto ao público e tem o objetivo de elaborar propostas para o desenvolvimento do turismo comunitário no sertão alagoano. Participarão desse momento professoras da área de turismo da universidade Federal de Alagoas (UFAL) Campus Arapiraca e da Unidade Educacional de Penedo, do Instituto Federal de Alagoas (IFAL) Campus Maragogi, representantes de órgãos públicos e outros convidados.
Por Elessandra Araújo
segunda-feira, 3 de junho de 2019
Encontro de Sementes e agroecologia lança carta de repudio
Em resposta ao avanço do agrotóxico, da transgenia, a falta de políticas para agricultura familiar e o Programa de Sementes Crioulas, os participantes do 8º Encontro Estadual de Sementes Crioulas, da Articulação Semiárido Alagoano (ASA) lançaram a Carta do Encontro, que repudia a liberação irresponsável de mais de 140 agrotóxicos pelo governo Federal. Agrotóxicos com classificação extremamente tóxica, alguns proibidos em diversos países.
Na carta eles denunciam a contaminação das sementes crioulas com o avanço da transgenia e o agrotóxico. Denunciam também o avanço da transgenia no canal do sertão, onde possibilita a contaminação da água do canal e a falta de Programa de sementes apropriadas para agricultura familiar.
Em um trecho da carta destacam: “Repudiamos o volume de sementes e de recurso e a estratégia de compra e distribuição de sementes pelo Programa de Sementes com o uso de sementes híbridas, produzidas de forma convencional, distribuída sem acompanhamento, monitoramento e análise de resultados. Defendemos que o recurso oriundo do Fundo Estadual de Combate a Extrema Pobreza (FECOEP) deva ser destinado à estruturação da capacidade produtiva e a compra exclusiva de sementes crioulas como forma de erradicação da pobreza”.
Além da Carta do Encontro foi apresentado o Plano de Transição do Programa de Sementes para um modelo autossustentável de produção, conservação e multiplicação de sementes crioulas através de estruturação de bancos comunitários de sementes.
O Plano foi entregue ao secretário estadual de agricultura Ronaldo Lessa, que fez parte da mesa sobre Incidência Política, juntamente com a deputada estadual Jó Pereira, deputado federal Paulo Fernando dos Santos conhecido como Paulão, Alair Correia de Amorim da Delegacia do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), Adriano Jorge da Companhia Nacional de Abastecimento (CONAB), prefeito de Igaci Oliveiro Pianco e o secretário de agricultura municipal de Inhapi, José Cazuza Ferreira de Oliveira.
Os parlamentares e o secretário estadual de agricultura se comprometeram a executar ações para conquista de políticas para agricultura familiar, e de conversar com o governo do Estado para o cumprimento da Lei 6.903 de 2008 de Bancos Comunitários de Sementes, Lei 7.050 de 2017 de Programa de Aquisição de Alimento (PAA Estadual), a Lei 8.041/2018 de Política estadual de agroecologia e produção orgânica e a Lei 6.558/2004 que institui o Fundo Estadual de Erradicação e Combate a Pobreza. O cumprimento das Leis é uma das reinvindicações descrita na Carta do Encontro.
Os participantes do Encontro informaram que as Leis foram criadas, mas faltam serem regulamentadas. Esse fator aumenta a fome e a desigualdade de produção dos agricultores e agricultoras, que produzem alimentos de qualidade e defendem as sementes crioulas. Sementes que são adaptadas ao clima e ao solo da região. No entanto, de acordo com a pesquisa do professor da Universidade Federal de Alagoas do Campus Sertão, Lucas Lima “Há mais de uma década o Estado compra sementes híbrida e não exige o teste de transgenia”. Ainda segundo o professor Lucas Lima “Alagoas é o 7º Estado do país que tem a maior quantidade de intoxicação pelo uso do agrotóxico. Alagoas se tornou um celeiro no uso do agrotóxico. Agrotóxicos considerados altamente tóxicos, apenas uma pequena parte considerada pouco tóxica. Esse uso de agrotóxico vai trazer suas vítimas”. Com o avanço dos agrotóxicos e da transgenia os agricultores demonstraram preocupação e desejam apoio do Estado para proteger as sementes crioulas e a agrobiodiversidade. O agricultor Sebastião Damasceno, guardião das sementes crioulas falou: “Além das questões das mudanças climáticas que afetam a produção, do outro lado tem a invasão da transgenia. E isso traz um grande impacto na contaminação e perda das sementes crioulas”. Sebastião Damasceno vive na comunidade Lages do Barbosa, faz parte do Banco Comunitário de Sementes e tem um Banco de Sementes crioulas, onde armazena variedades de sementes crioulas de milho, feijão, fava, leguminosas, frutíferas e plantas nativas da caatinga. Tem sementes que vem de três gerações, segundo o agricultor com mais 150 anos. As temáticas de sementes crioulas, terra, água, vivência de campo e o combate a pobreza foram discutidas no Encontro, que reuniu representações de agricultores e agricultoras, professores da UFAL, IFAL, representantes de povos Quilombolas, dos povos indígenas Kalankó de Água Branca-Al, Koiupanká de Inhapi-Al, Karuazu e Geripankó de Pariconha-Al, Xucuru Kariri de Palmeira dos Índios-Al, movimentos sociais, liderança comunitárias, secretários de agricultura, prefeitos, parlamentares, técnicos. O Encontro aconteceu no período de 29 a 31 de maio na Associação de Agricultores Alternativos (Aagra), localizada no Sítio Jacaré em Igaci-AL. Por Elessandra Araújo
terça-feira, 28 de maio de 2019
ASA realiza o 8º Encontro de Sementes Crioulas
A Articulação Semiárido Alagoano (ASA) realizará no período de 29 a 31 de maio o 8º Encontro Estadual de Sementes Crioulas, na Associação de Agricultores Alternativos (Aagra), localizada no Sítio Jacaré em Igaci-AL. Nesse encontro agricultores e agricultoras, técnicos, professores da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), Instituto Federal de Alagoas (IFAL), representantes de Associações e convidados discutirão sobre a situação das semente crioulas no Estado, as sementes transgênicas, o agrotóxico e a falta de políticas para fortalecer a agricultura familiar. Também, os participantes visitarão experiências exitosas da agricultura familiar, que fortalecem a convivência no Semiárido.
Através do Programa de Manejo da Agrobiodiversidade Sementes do Semiárido (PMAIS), da Articulação Semiárido Brasileiro (ASA Brasil), são desenvolvidas ações para conservação e produção das sementes, nos bancos comunitários de sementes de 80 comunidades em 25 municípios do Semiárido alagoano.
As sementes crioulas, batizadas pelos agricultores (as) em Alagoas como sementes da resistência, são sementes adaptadas ao clima e ao solo da região. Consideradas patrimônio cultural da agricultura familiar, sofrem ameaças de serem extintas. É o que mostra o teste de transgenia promovido através do PMAIS e executado pela Cooperativa dos Bancos Comunitários de Sementes (Coppabacs).
Os testes comprovam que sementes estão sendo contaminadas devido à transgenia. Além das sementes transgênicas, a agricultura sofre com o perigo da contaminação pelo agrotóxico.
Segundo o coordenador executivo da ASA Alagoas pela (Coppabacs), Mardônio Alves da Graça “não se trata apenas de uma contaminação e simplesmente. À medida que uma variedade crioula é contaminada não poderá ocorrer à descontaminação, e o agricultor perde a autonomia de produção, virando refém do comércio de transgênico e dos pacotes tecnológicos, associados ao agrotóxico”.
Ainda, de acordo com Mardônio da Graça “historicamente o estado de Alagoas tem ido à contramão dessas experiências de sementes crioulas, e tem aplicado cerca de R$ 14 milhões anualmente na compra de sementes comerciais produzidas em condições diferentes da realidade do sertão”.
Sem o comprometimento do Estado em políticas de convivência no Semiárido, cerca de 180 pessoas que vivem nas regiões do alto e médio Sertão, Agreste, Bacia Leiteira e Mata Alagoana participarão do Encontro. Eles avaliarão as potencialidades da agricultura familiar, e farão propostas para a produção agroecológica, o combate à fome e a miséria no campo e na cidade.
Por Elessandra Araújo
sexta-feira, 24 de maio de 2019
P1+2 promove ações para o combate a desigualdade de gênero e a pobreza
Na oficina de avaliação e planejamento do Programa Uma Terra e Duas Águas (P1+2) os participantes dialogaram sobre a desigualdade de gênero e os impactos da pobreza nos municípios de Ouro Branco e Santana do Ipanema. Eles também avaliaram as causas da desigualdade social no Semiárido Brasileiro.
O professor de Sociologia Levy Brandão, do Instituto Federal de Alagoas, campus Santana do Ipanema fez uma roda de conversa sobre o avanço da pobreza, a perda de direito e as consequências da desigualdade social. Segundo o professor o caminho para superar a pobreza é a educação.
Os participantes da oficina também avaliaram a violência contra a mulher no campo e na cidade e a sobrecarga de trabalho que a mulher enfrenta, principalmente no campo.
No processo de discussão, a equipe do P1+2 apresentou a situação sobre a desigualdade de gênero, a pobreza e a extrema pobreza de 70 famílias, que conquistaram o fomento nos municípios de Ouro Branco-AL e Santana do Ipanema-AL.
Através das ações do P1+2 em 2018, 201 famílias conquistaram as tecnologias sociais para captação de água de chuva: cisternas calçadão, cisterna enxurrada e o barreiro trincheira. Das 201 famílias 131 conquistaram o caráter produtivo e 70 o caráter produtivo fomento, para fortalecer a produção no quintal de casa.
Na oficina a equipe do P1+2 avaliou a situação em que se encontram essas famílias, suas potencialidades e o que podem executar para produzirem alimentos no quintal de casa e conseguirem superar a insegurança alimentar e nutricional.
A oficina de avaliação e planejamento foi realizada pelo Cdecma junto com a assessora técnica do P1+2, e contou com a participação de professores do IFAL, representantes da comissão municipal dos municípios de Ouro Branco e Santana do Ipanema e da Secretaria Municipal de Agricultura de Ouro Branco. O grupo se reuniu no IFAL em Santana do Ipanema, nos dias 21 e 22 de maio.
O Programa P1+2, ação da Articulação Semiárido Brasileiro (ASA Brasil), financiado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), é executado pelo Cdecma.
Por Elessandra Araújo
terça-feira, 7 de maio de 2019
Entidades denunciam o descaso de políticas na agricultura familiar
Representantes da coordenação executiva da Articulação Semiárido Alagoano (ASA Alagoas), da Rede Alagoana de Agroecologia (Rede Mutum) e da União Nacional das Cooperativas de Agricultura Familiar e Economia Solidária (Unicafes), foram ao gabinete da deputada estadual Jó Pereira para pautar a situação de descaso que vive a agricultura familiar. De modo especial em relação ao Programa de Aquisição de Alimento (PAA), ao Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) e ao Programa de sementes crioulas.
Segundo os representantes a agricultura familiar é órfã das políticas do governo estadual Renan Filho e do presidente Jair Bolsonaro.
De acordo com a presidente do Conselho Estadual de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea) e coordenadora executiva da ASA pela Associação de Agricultores Alternativos (AAGRA), Maria Eunice de Jesus, Alagoas é o único Estado que não opera o PNAE e o PAA, esse fator aumenta a fome no Estado.
Embora o Estado não execute o PAA, existe a Lei Nº 7950 DE 30/11/2017 que instituí o Programa de Aquisição de Alimentos da Agriculta Familiar do Estado de Alagoas - PAA/AL. Dentro das disposições gerais da Lei, o PAA deve incentivar e fortalecer a agricultura familiar, promovendo a inclusão econômica e social, com fomento à produção sustentável, ao beneficiamento de alimentos e à geração de renda.
Além da falta de política estadual, o presidente da república não liberou recurso para o PAA Conab, e esse fator amplia o cenário de fome e diminui a produção no campo.
Com o PAA Conab era possível comprar produtos dos agricultores e agricultoras e distribuir para as pessoas que vivem em situação de extrema pobreza e com insegurança alimentar e nutricional.
Apesar dos governos não cumprirem as Leis para combater a pobreza no campo e na cidade. Os representantes da sociedade civil no Estado apontam que o governo estadual dispõe do mecanismo, que é o Fundo Estadual de Combate e Erradicação da Pobreza (Fecoep), no entanto, existe o recurso, mas não existe o Plano Estadual, que determine o uso do recurso para combater o avanço da pobreza.
A deputada se comprometeu em apresentar a demanda da agricultura familiar junto a Assembleia Legislativa e ao governo do Estado. A reunião no gabinete aconteceu na segunda-feira (6).
Assessoria de comunicação da ASA Alagoas
terça-feira, 16 de abril de 2019
Troca de conhecimento para produção de alimento no P1+2
No Encontro de Avaliação Territorial do P1+2, os agricultores e as agricultoras que conquistaram o P1+2 nos municípios de Ouro Branco e Santana do Ipanema trocaram informações para fortalecer a produção de alimentos com qualidade e respeito à mãe Terra. Em roda de conversa dialogaram com o agricultor Sebastião Damasceno, que relatou como produz e estoca as sementes crioulas dentro de uma prática agroecológica.
Além dos agricultores e agricultoras, a professora Cláudia Csekö Nolasco de Carvalho da Universidade Estadual de Alagoas (Uneal) e os professores Gilberto Neto do Instituto Federal de Alagoas (IFAL) e Hémani Magalhães da Unidade Educacional de Santana do Ipanema, que integra o Campus Sertão da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), falaram sobre as ações que desenvolvem no trabalho de ensino, pesquisa e extensão, e se colocaram a disposição para contribuir junto à agricultura familiar a fortalecer a produção, a gestão e a comercialização.
Os participantes também contaram suas histórias sobre a produção no roçado e no quintal de casa e a dificuldades para conseguir água antes de conquistarem a cisterna. Eles relataram também, como planejam fazer o quintal produtivo com práticas de reuso da água e práticas de conservação de uso do solo.
A agricultora Suely Maria Barbosa Gomes de Várzea do Marinho “Antes da cisterna era um sufoco para conseguir água. Agora depois da cisterna, graças a Deus as coisas melhoraram e minha cisterna tem água. Agora eu vou poder plantar”.
“Graças a Deus primeiramente e ao Programa P1+2, depois que conquistei a cisterna calçadão estou plantando verdura sem veneno, e a cisterna está cheia”, falou José Evaldo da Silva da comunidade Tintino em Ouro Branco.
“Na comunidade onde cresci já vi muito sofrimento dos que não tinham onde armazenar a água. Vi pessoas que tinham barragem colocar óleo queimado para ninguém pegar água. Teve o dono de uma barragem que chamou a polícia porque minha mãe pegou um balde com água na barragem dele. Já vi muito sofrimento das famílias por não ter água. Mas, depois da cisterna de primeira água e de segunda água a vida melhorou. E os que conquistaram a cisterna para produzir já estão plantando”, disse a agricultora Rosa Maria dos Santos da comunidade Serrote dos Bois em Santana do Ipanema.
Em um processo participativo agricultores e agricultoras trocaram informações para construção do conhecimento, fortalecer a resistência e a convivência no Semiárido.
O Encontro de Avaliação do P1+2 aconteceu nos dias 11 e 12 de abril no IFAL em Santana do Ipanema. O P1+2 é uma ação da Articulação Semiárido Brasileiro e está sendo financiado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Social e Econômico.
Comunicadora popular – UGT Cdecma
quarta-feira, 10 de abril de 2019
Encontro de avaliação do P1+2 no médio sertão de Alagoas
Agricultores e agricultoras que vivem em comunidades dos municípios de Santana do Ipanema e Ouro Branco, e conquistaram o Programa Uma Terra e Duas Águas (P1+2) participarão do Encontro Territorial de Avaliação do P1+2. O evento acontecerá nos dias 11 e 12 de abril no auditório do Instituto Federal de Alagoas em Santana do Ipanema-AL.
Nesse encontro de avaliação, as famílias trocarão informações para aumentar a produção de alimento, visando à segurança alimentar e nutricional e fortalecer a convivência no Semiárido,
Além das famílias foram convidados os secretários de agricultura de Ouro Branco e Santana do Ipanema, representantes da Universidade Federal de Alagoas (UFAL) do Campus Sertão em Santana do Ipanema, Instituto Federal de Alagoas (IFAL) e Universidade Estadual de Alagoas (Uneal) de Santana do Ipanema-AL, e outros agricultores e agricultoras que conquistaram políticas através da ASA e produzem alimentos da agroecologia.
O P1+2 vem sendo desenvolvido nesses municípios desde março de 2018. Através do Programa foi realizado o processo de formação junto à agricultura familiar com capacitações para gestão da água e produção de alimento, sistema simplificado para produção, intercâmbios, encontro, reuniões e a implementação de 191 cisternas para captação de água de chuva e 10 barreiros trincheiras. Das 201 famílias do P1+2, 70 famílias conquistaram o fomento, porque vivem em situação de extrema pobreza.
As cisternas e os barreiros devem contribuir para melhorar a vida das famílias no campo e fortalecer a segurança da água para produção de alimento de qualidade, sem uso de agrotóxico. Além, dessas tecnologias sociais as famílias conquistam o caráter produtivo para fortalecer a produção de alimento no quintal de casa.
O Programa P1+2, ação da Articulação Semiárido Brasileiro (ASA Brasil), financiado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), está sendo executado pelo Centro de Desenvolvimento Comunitário de Maravilha (Cdecma).
Por Elessandra Araújo
quinta-feira, 14 de março de 2019
ASA faz propostas para o secretário estadual de agricultura
Após o Encontro Nacional de Sementes realizado no período e 11 a 13 de março de 2019 em Maceió - AL, membros da coordenação executiva da Articulação Semiárido Alagoano (ASA Alagoas) e parceiros participaram de uma reunião com o secretário de agricultura Ronaldo Lessa. Eles protocolaram um documento solicitando ao secretário apoio para fortalecer os bancos de sementes crioulas e a agricultura familiar no Semiárido alagoano.
Ronaldo Lessa informou que a secretaria está a serviço da agricultura familiar, e solicitou ao grupo que enviasse as propostas em prol da agricultura familiar. Os representantes da ASA deverá enviar o documento até o final desse mês.
De acordo com o grupo, o Fundo de Combate e Erradicação da Pobreza (Fecoep) é uma das fontes que poderia ser utilizada para apoiar ações de fortalecimento à agricultura familiar. Por isso, solicitaram do secretário para rever junto ao comitê do Fecoep, o uso do recurso para as ações que realmente podem combater a pobreza.
A reunião aconteceu às 15hs na quarta-feira (13), na Secretaria de Estado da Agricultura, Pecuária, Pesca e Aquicultura.
Elessandra Araújo
Alagoas sedia Encontro Nacional de Sementes Crioula
Representantes de entidades não governamentais que integram a Articulação Semiárido Brasileiro (ASA Brasil), pesquisadores da Embrapa, Universidade Federal de Alagoas, técnicos, agricultores, agricultoras e representantes do poder público dos Estados do Semiárido participam do Encontro Nacional de Sementes, realizado no auditório do hotel Ponta Verde em Maceió-AL, nos dias 11 a 13 de março.
De acordo com o coordenador do Programa de sementes pela Unidade Gestora Central (UGC) da Associação Programa Um Milhão de Cisternas para o Semiárido (AP1MC), Antônio Gomes Barbosa é fundamental traçar estratégias para fortalecer as redes estaduais de casas e bancos de sementes, para garantir a proteção das sementes crioulas contra os transgênicos e os agrotóxicos.
Nesses três dias, os representantes de 9 Estados da região Semiárida participam das apresentações sobre projetos de pesquisas de sementes crioulas, analisam os impactos positivos com os projetos de implementação dos Bancos Comunitários e Casas de Sementes nos Estados, o avanço dos transgênicos e a contaminação das sementes crioulas.
Em um processo de discussão eles fazem propostas de politicas para fortalecer a agricultura familiar, e traçam estratégias para proteger as sementes crioulas, que fazem parte do patrimônio cultural da agricultura familiar e são adaptadas ao clima e ao solo da região Semiárida.
Para o integrante da ASA Alagoas e presidente da Cooperativa dos Bancos Comunitários de Sementes (Coppabacs), Mardônio Alves da Graça é uma satisfação para o Estado sediar o Encontro pela segunda vez, e ressaltou a importância das políticas para proteger as sementes da agricultura familiar, sementes que vem de geração em geração e estão sendo extintas devido às perdas no período de seca, e pela contaminação dos transgênicos.
“Essa oportunidade de realizarmos pela segunda vez o encontro em nosso Estado nos traz uma responsabilidade maior de continuar a defesa por essas sementes, e batalhar para que a incidência nas politicas públicas seja cada vez mais incisiva, uma vez que o Estado tem o Programa de distribuição de sementes, mas não foi dado o devido valor aquelas ações desenvolvidas há décadas pela agricultura familiar”, disse Mardônio Alves.
PMAIS
O Programa de Manejo da Agrobiodiversidade Sementes do Semiárido (PMAIS) vem sendo desenvolvido desde 2015 na região Semiárida e contribui para fortalecer os Bancos e Casas de Sementes, com o propósito de resgatar e proteger sementes que estão em processo de extinção, multiplicar as sementes e o saber popular, fortalecer as parcerias com Unidades de Ensino e Pesquisa para estudo das sementes crioulas, e contribuir com a segurança alimentar e nutricional.
O Programa de Bancos Comunitários e Casas de Sementes, implementados nas comunidades do Semiárido através da ASA Brasil, é financiadas pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e Fundação Banco do Brasil (FBB).
Eline Souza – Comunicadora popular Cdecma
sexta-feira, 4 de janeiro de 2019
ASA contra a fome
Fechar o CONSEA é ferir de morte o SISAN no Brasil , investir contra o princípio constitucional da participação social e condenar os mais pobres, sobretudo no Semiárido, da Região Norte e das periferias das medias e grandes cidades, à fome, à miséria e à morte. http://www.asabrasil.org.br/noticias?artigo_id=10782
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