terça-feira, 16 de abril de 2019

Troca de conhecimento para produção de alimento no P1+2

No Encontro de Avaliação Territorial do P1+2, os agricultores e as agricultoras que conquistaram o P1+2 nos municípios de Ouro Branco e Santana do Ipanema trocaram informações para fortalecer a produção de alimentos com qualidade e respeito à mãe Terra. Em roda de conversa dialogaram com o agricultor Sebastião Damasceno, que relatou como produz e estoca as sementes crioulas dentro de uma prática agroecológica.
Além dos agricultores e agricultoras, a professora Cláudia Csekö Nolasco de Carvalho da Universidade Estadual de Alagoas (Uneal) e os professores Gilberto Neto do Instituto Federal de Alagoas (IFAL) e Hémani Magalhães da Unidade Educacional de Santana do Ipanema, que integra o Campus Sertão da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), falaram sobre as ações que desenvolvem no trabalho de ensino, pesquisa e extensão, e se colocaram a disposição para contribuir junto à agricultura familiar a fortalecer a produção, a gestão e a comercialização.
Os participantes também contaram suas histórias sobre a produção no roçado e no quintal de casa e a dificuldades para conseguir água antes de conquistarem a cisterna. Eles relataram também, como planejam fazer o quintal produtivo com práticas de reuso da água e práticas de conservação de uso do solo.
A agricultora Suely Maria Barbosa Gomes de Várzea do Marinho “Antes da cisterna era um sufoco para conseguir água. Agora depois da cisterna, graças a Deus as coisas melhoraram e minha cisterna tem água. Agora eu vou poder plantar”.
“Graças a Deus primeiramente e ao Programa P1+2, depois que conquistei a cisterna calçadão estou plantando verdura sem veneno, e a cisterna está cheia”, falou José Evaldo da Silva da comunidade Tintino em Ouro Branco.
“Na comunidade onde cresci já vi muito sofrimento dos que não tinham onde armazenar a água. Vi pessoas que tinham barragem colocar óleo queimado para ninguém pegar água. Teve o dono de uma barragem que chamou a polícia porque minha mãe pegou um balde com água na barragem dele. Já vi muito sofrimento das famílias por não ter água. Mas, depois da cisterna de primeira água e de segunda água a vida melhorou. E os que conquistaram a cisterna para produzir já estão plantando”, disse a agricultora Rosa Maria dos Santos da comunidade Serrote dos Bois em Santana do Ipanema.
Em um processo participativo agricultores e agricultoras trocaram informações para construção do conhecimento, fortalecer a resistência e a convivência no Semiárido.
O Encontro de Avaliação do P1+2 aconteceu nos dias 11 e 12 de abril no IFAL em Santana do Ipanema. O P1+2 é uma ação da Articulação Semiárido Brasileiro e está sendo financiado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Social e Econômico.
Comunicadora popular – UGT Cdecma

quarta-feira, 10 de abril de 2019

Encontro de avaliação do P1+2 no médio sertão de Alagoas

Agricultores e agricultoras que vivem em comunidades dos municípios de Santana do Ipanema e Ouro Branco, e conquistaram o Programa Uma Terra e Duas Águas (P1+2) participarão do Encontro Territorial de Avaliação do P1+2. O evento acontecerá nos dias 11 e 12 de abril no auditório do Instituto Federal de Alagoas em Santana do Ipanema-AL.
Nesse encontro de avaliação, as famílias trocarão informações para aumentar a produção de alimento, visando à segurança alimentar e nutricional e fortalecer a convivência no Semiárido,
Além das famílias foram convidados os secretários de agricultura de Ouro Branco e Santana do Ipanema, representantes da Universidade Federal de Alagoas (UFAL) do Campus Sertão em Santana do Ipanema, Instituto Federal de Alagoas (IFAL) e Universidade Estadual de Alagoas (Uneal) de Santana do Ipanema-AL, e outros agricultores e agricultoras que conquistaram políticas através da ASA e produzem alimentos da agroecologia.
O P1+2 vem sendo desenvolvido nesses municípios desde março de 2018. Através do Programa foi realizado o processo de formação junto à agricultura familiar com capacitações para gestão da água e produção de alimento, sistema simplificado para produção, intercâmbios, encontro, reuniões e a implementação de 191 cisternas para captação de água de chuva e 10 barreiros trincheiras. Das 201 famílias do P1+2, 70 famílias conquistaram o fomento, porque vivem em situação de extrema pobreza.
As cisternas e os barreiros devem contribuir para melhorar a vida das famílias no campo e fortalecer a segurança da água para produção de alimento de qualidade, sem uso de agrotóxico. Além, dessas tecnologias sociais as famílias conquistam o caráter produtivo para fortalecer a produção de alimento no quintal de casa.
O Programa P1+2, ação da Articulação Semiárido Brasileiro (ASA Brasil), financiado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), está sendo executado pelo Centro de Desenvolvimento Comunitário de Maravilha (Cdecma).
Por Elessandra Araújo