segunda-feira, 24 de julho de 2017
Sentir
Estou com frio!
Mas não rio.
Porque tenho que enfrentar o desafio de me aquecer.
Meu cobertor é muito fino e o frio me faz estremecer.
Será que você pode me ajudar?
Elessandra Araújo
quarta-feira, 12 de julho de 2017
Estocar a água para convivência no Semiárido
A explosão do verde na caatinga, que transforma a paisagem no Semiárido alagoano. A garantia de ter água estocada nas cisternas, barragens e alimentação para os animais, além do cultivo de alimento para família, tudo isso, representa uma grande riqueza para o casal de agricultores, Mário Cipriano da Silva e Espedita Alves da Rocha, pais de dois filhos, que vivem na comunidade Mulungu em Minador do Negrão-AL.
“Agora o sertão está uma riqueza. Não tem coisa melhor às cisternas e barragens estão sangrando. Se o tempo fosse sempre assim o povo do Nordeste não teria sofrimento. E se não fosse às cisternas, a vida não seria a de hoje, porque a água vinha e a gente não tinha onde armazenar. No sertão, apesar da chuva demorar pra chegar, quando chove, se as famílias tiverem onde guardar a água, elas têm tudo na vida.”
Mário Cipriano está sempre buscando caminhos para manter a água na casa. E se preparou para esse momento de chuva construindo outros reservatórios, por exemplo, pequenos tanques, inclusive um tanque para captar a água que corre no terreiro da casa. “Se a gente tivesse mais reservatórios o verão seria de fartura, porque está chovendo muito. Faz 40 anos que não vejo chover assim em Mulungu”, disse o agricultor.
Com os reservatórios cheios, o agricultor faz planos para manter a produção no período de estiagem. Uma das formas que ele pretende produzir é com o reuso da água da lavagem de pratos e roupas.
“Os últimos sete anos foram os piores, porque não choveu na região para desenvolver a lavoura e juntar água. Mas, consegui plantar e manter no verão com o reuso da água a bananeira, laranjeira, pinheira, feijão, tomate, coentro, batata doce. Quando o verão chegar minha família voltará a fazer o reuso da água, e já estou guardando toda água que posso”, explicou Mário Cipriano.
A produção
A família de Mário Cipriano conquistou as cisternas de primeira água para consumo humano e a segunda água para produção de alimentos através do Programa Um Milhão de Cisternas e do Programa Uma Terra e Duas Águas (P1+2) da Articulação Semiárido Brasileiro (ASA).
Fazendo a gestão da água nas cisternas e o reúso para o plantio de hortaliças e frutíferas, a família do agricultor conseguiu sobreviver no período de estiagem prolongada.
Agora, com a chegada da chuva e a garantia dos reservatórios cheios, o agricultor aumentou a produção, e acrescentou ao redor de casa o cultivo da cebolinha, do alface, do alho poró, do feijão. Já na roça ele plantou 60 quilos de feijão e 90 quilos de milho de sementes crioulas. A família mantém também no quintal de casa a criação de pequenos animais.
A chuva que caiu na região dá ao agricultor a segurança hídrica e de manter a produção alimentar, embora o agricultor tenha destacado: “Chegou à água para produzir, mas a gente não conta com nenhum apoio de governos para desenvolver a produção. O agricultor vive com a graça de Deus e com o esforço que faz, mas pela ajuda dos governos não”.
Elessandra Araújo
domingo, 9 de julho de 2017
Execução das atividades na roça comunitária
No dia 21 de junho de 2017, publicamos nesse Blogger a inciativa de vinte famílias em cultivar a roça comunitária, no Sítio Açude em Maravilha-Al. A realização da roça exigiu planejamento e divisão das tarefas.
Na roça foram plantadas sementes crioulas de milho e feijão. As sementes germinaram e o grupo responsável em capinar está desenvolvendo o trabalho. Agora o próximo passo é a colheita, onde todas as famílias farão a atividade em conjunto.
A iniciativa das famílias fortalecerá o banco comunitário de sementes. Assim, podemos dizer que a união faz a força e os resultados são maiores.
Elessandra Araújo
quinta-feira, 6 de julho de 2017
Ser ou não Ser?
Ver, ouvir e calar!
Por que será?
Já não posso me indignar, porque a represália vai rolar?
Vale a pena deixar tudo como está?
De braços cruzados devo continuar?
É mais cômodo, e assim ninguém vai me importunar!
Estou comendo, bebendo e vivendo como um robô.
A dor do outro é do outro e não me incomoda não Senhor.
O que preciso é de trabalho e muita distração,
O que se passa a meu redor não comove meu coração.
Vivo na correria do trabalho. É difícil até de parar.
Quando as horas passam,
O meu corpo só quer descansar.
Depois de um bom descanso, quero é farrear, porque um dia minha hora vai chegar.
É assim que muitos vivem: sem olhar e refletir.
Acham que o problema é do outro e que não tem como intervir.
Mas agora vou perguntar: vale a pena viver assim?
No mundo da indiferença,
Deixando tudo chegar ao fim?
Viver como um robô e ser programado para ignorar.
O que está ao meu redor é assim e deve estar?
Desse jeito onde a humanidade vai chegar?
Ser um robô ou ser um ser,
que pensa e se compromete com o viver?
Prefiro ser um ser!
E como um ser poder sentir, indignar-se e agir!
Descruzar os braços e cuidar.
Unir forças e trabalhar.
Agora, veja ao seu redor a destruição dos recursos naturais,
O aumento da pobreza, da miséria, da violência e muito mais.
Não se perca nesse meio.
Algo você pode fazer!
Você é um ser importante, e
tem algo para oferecer.
Veja o que a indiferença pode causar.
O que você ignora hoje,
na sua vida poderá respingar.
Elessandra Araújo
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