sábado, 24 de dezembro de 2016
segunda-feira, 12 de dezembro de 2016
Ribeirinhos protestam contra o projeto de usina nuclear
Quanto mais o Velho Chico agoniza, quanto mais o povo ribeirinho grita mostrando os impactos negativos que esse bravo rio vem sofrendo, mais os que se dizem “representantes do povo” e que são responsáveis pela revitalização do rio, ignoram a voz do povo.
Quando essas pessoas irão entender que os recursos naturais são escassos, e quanto mais esses recursos são degradados será difícil manter a vida do ser humano na Terra, porque nós somos parte da natureza e integramos esse sistema.
Por que estou fazendo esses questionamentos? Por que se você fizer um passeio no leito do rio e chegar até a Foz verá o que o rio São Francisco vem sofrendo. Porém, o Velho Chico poderá sofrer mais um impacto com o projeto que existe para construção de usina nuclear no Baixo São Francisco.
Por isso, no período de 01 a 04 de dezembro moradores da comunidade de Bonsucesso –SE, e outras comunidades, o Conselho da Pastoral dos Pescadores (CPP) e o Movimento de Pescadores e Pescadoras Artesanais (MPP) que celebraram as Santas Missões Populares na Paróquia Nossa Senhora da Conceição em Poço Redondo – SE enceraram a programação com um ato contra uma possível construção de uma usina nuclear na região do Baixo São Francisco. “não podemos aceitar mais um projeto de grande impacto, não só para o meio ambiente, mas também para todo povo daquela região. E uma empresa japonesa já visitou a área”, disse Quitéria Gomes, que integra o grupo da Articulação do Baixo São Francisco.
Antes do ato eles realizaram uma reunião para discutir sobre os problemas ambientais, depois seguiram pelas ruas do povoado com destino à margem do rio, onde foi realizada a celebração de uma missa, com o pároco local Mário César, contando também com a presença de Frei Enoque e Frei Roberto.
Usina nuclear
São inúmeras as consequências negativas que uma usina nuclear pode trazer para toda forma de vida. Basta fazer uma breve pesquisa para descobrir que esse tipo de empreendimento poderá trazer benefícios econômicos para poucos, mas destruição para muitos. É só recordar o triste acidente que ocorreu em 1986 na usina soviética de Chernobyl.
Existem outras formas de energia limpa e que os custos ambiental, social e econômico serão melhor para humanidade.
Elessandra Araújo
quarta-feira, 7 de dezembro de 2016
Rio que agoniza
Rio São Francisco na cidade de Penedo sofre com os impactos negativos
Ao longo da história, o rio São Francisco sofre inúmeros impactos negativos desde a nascente até a foz. São impactos que poderiam ser evitados como o assoreamento, os resíduos sólidos e liquido lançados no leito do rio, os desvios por meio de canais, as barragens etc. Esses impactos causados por ações antrópica geram outros problemas de ordem ambiental, social e econômica. Mas, o mais triste nessa história é que o Velho Chico está morrendo e os que dizem “representantes do povo” não enxergam.
Onde estão sendo desenvolvidas as ações de revitalização do Velho Chico? Porque o cenário apresentado, principalmente no Baixo São Francisco mostra que o rio está agonizando. Em muitos trechos o rio secou.
Para fazer grandes obras de desvio da água do rio, os que se dizem “representantes o povo” tem recurso, mas para salvar o Velho Chico esses recursos são escassos e vem a passo de tartaruga. Quando vem!
Não se deixe enganar quando os grandes meios de comunicação de massa de forma tendenciosa informar que a diminuição da água é ocasionada pela estiagem. É evidente que a estiagem prolongada interfere no volume de água do Velho Chico. Mas, o problema no Velho Chico é a falta de políticas públicas com ações integradas nas três esferas de governo Municipal, Estadual e Federal.
É urgente que os afluentes do São Francisco sejam revitalizados, o saneamento básico, o reflorestamento das margens do rio, a educação ambiental entre outras ações sejam implementadas com resultados de curto, médio e longo prazo.
As pesquisas que apontam ações para revitalização do Velho Chico foram realizadas por pesquisadores responsáveis, porém estão engavetadas.
Falta querer! Um querer por parte dos que se dizem “representante do povo” porque os ribeirinhos e movimentos sociais que defendem o Velho Chico mostram o cenário do rio, gritam, pesquisadores apresentam os impactos ao rio e solução, no entanto, o grito desse povo é ignorado, assim como a agonia do Velho Chico. Por quanto tempo esse benéfico rio suportará tantos impactos negativos? O que será do povo que depende da água do Velho Chico?
Elessandra Arújo
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