sexta-feira, 29 de julho de 2016
Anvisa proíbe venda de extrato e molho de tomate com pelo de roedor de 5 marcas
Produtos da Amorita, Predilecta, Aro, Elefante e Pomarola serão retirados do mercado
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) proibiu a comercialização e a distribuição de quatro lotes de extrato de tomate das marcas Amorita, Predilecta, Aro e Elefante, além de um lote de molho de tomate tradicional da marca Pomarola. A punição às cinco marcas se deu com base em laudos que detectaram matéria estranha indicativa de risco à saúde humana - pelo de roedor - acima do limite máximo de tolerância pela legislação vigente. As empresas terão de recolher os estoques dos produtos existentes no mercado.
As decisões da Anvisa estão publicadas em resoluções no Diário Oficial da União (DOU) desta quinta-feira. A primeira refere-se ao lote L 076 M2P e validade de 01/04/2017 do extrato de tomate Amorita, fabricado por Stella D'Oro. A segunda, ao extrato de tomate Predilecta lote 213 23IE e validade 03/2017. A terceira trata do molho de tomate tradicional Pomarola lote 030903 e validade 31/08/2017 e também do extrato de tomate Elefante lote 032502 e validade 18/08/2017.
Fonte: http://www.correiodopovo.com.br/
Piauí realiza o seu II Festival das Sementes da Fartura
Centenas de agricultores de vários municípios do Piauí vão se reunir nesta quinta e sexta (28 e 29 de julho), no município de Picos, para participarem do II Festival das Sementes da Fartura do Piauí. O evento, realizado pelo Fórum Piauiense de Convivência com o Semiárido (FPCSA) promoverá um intercâmbio de conhecimento e trocas de sementes, com o objetivo de fortalecer o patrimônio genético do Piauí, as sementes crioulas.
Serão aproximadamente 500 participantes, entre agricultores e agricultoras familiares, técnicos, representantes de ONGs e de órgãos de pesquisa do Governo. Com caráter também educativo, o festival promoverá, além da Feira de Sementes, intercâmbios e trocas de sementes entre os agricultores (as).
No evento, ainda será realizada uma caminhada com o objetivo de atrair a população local e chamar atenção para a importância das nossas sementes crioulas, no Piauí, conhecidas como Sementes da Fartura.
O evento contempla o trabalho realizado pelas entidades do FPCSA junto às comunidades rurais do Estado. Através dos encontros e capacitações dos Programas de Formação e Mobilização Social para a Convivência com o Semiárido, os agricultores e agricultoras são incentivados a preservar, resgatar, multiplicar e guardar suas sementes nativas com o intuito de proteger o patrimônio genético de cada região.
PROGRAMAÇÃO FESTIVAL DAS SEMENTES
28/07 - Quinta-feira
07h – Chegada das caravanas nas experiências
12h – Almoço nas comunidades onde acontecerá os intercâmbios
15:30 – Mística de Abertura
16h - Abertura Política do Festival no Auditório do CTD–
19h – Jantar
29/07 – Sexta-feira
06:30 – Café da Manhã
07:30 – Concentração e Caminhada
08:30 – Mística
09:00 – Espaço de intercambio dos agricultores
10:00h – Abertura Oficial da Feira da troca de sementes
12h – Almoço e retorno das caravanas aos seus municípios
FONTE:http://www.asabrasil.org.br/noticias?artigo_id=9650
Violência contra a Mulher ainda é uma realidade no Sertão do Pajeú
No meio rural, os índices de violência são tão graves quanto nas áreas urbanas. A desigualdade de gênero é vista como algo menor e nem no campo da segurança pública as propostas avançaram. Uma pesquisa do DataSenado (2015) apontou que uma em cada cinco mulheres já foi agredida pelo ex ou atual companheiro.
Na assessoria técnica feminista que a Casa da Mulher do Nordeste desenvolve junto com as agricultoras no Sertão do Pajeú, foram realizadas oficinas e discussões sobre a violência contra a mulher no projeto Mulheres na Caatinga, apoiado pelo Programa de Pequenos Projetos Ecossociais (PPP-ECOS), gerenciado pelo Instituto Sociedade, População e Natureza (ISPN). E o que se tem percebido é que o ciclo de violência ainda persiste em suas vidas, e falta mecanismos como os serviços de atendimento à mulher vítima de violência. “Um dos maiores problemas que enfrentamos é a falta de delegacia da mulher. A polícia muitas vezes convence a mulher a não denunciar, e ela continua sofrendo violência”, contou Luciene Ribeiro, 31 anos, do município de Solidão, Sertão do Pajeú.
A mesma pesquisa registrou que, em 2015, 56% das mulheres afirmaram se sentir mais protegidas por causa da lei da Maria da Penha. Com dez anos de existência, a Lei Maria da Penha que responde em casos de violência contra a mulher, está em votação para algumas mudanças. O projeto prevê, entre outras coisas, que as medidas protetivas possam ser expedidas pelo próprio delegado de polícia, sem precisar esperar chegar até o juiz. De acordo com o movimento feminista aprovar esse projeto de lei em nada vai colaborar para melhorar a vida das mulheres. “Ao contrário, pode prejudicar ainda mais o trabalho das delegacias que continua precário. Já é difícil cumprir a Lei Maria da Penha, seja pela falta de serviços de atendimento, seja pela demanda de casos que se aglomeram nas delegacias. E quando você coloca mais uma atividade, a gente tem um entendimento que isso não será feito. Outro ponto importante é escutar as mulheres, o movimento. Em nenhum momento fomos ouvidas sobre as melhorias que podem ser feitas na Lei. E continuamos lutando para que ela seja efetiva na vida das mulheres.”, falou Fátima Santos, coordenadora colegiada do Fórum de Mulheres do Pajeú.
O enfrentamento a todas as formas de violência é condição necessária para um mundo efetivamente sustentável e agroecológico, sendo imprescindível que todos que apoiam um projeto agroecológico repudiem também a violência contra as mulheres. “A violência não é só espancar, o preconceito é um tipo de violência”, disse Josefa Erivoneide, de 40 anos, da comunidade de Canudos, município de São José do Egito.
Fonte: Assessoria de Comunicação da Casa da Mulher do Nordeste
Crédito das fotos:
1. Oficina Violência Contra a Mulher é do Acervo da Casa da Mulher do Nordeste;
2. Violência em Geral é Imagem da Internet.
terça-feira, 26 de julho de 2016
Mulheres na Caatinga mudam a forma de plantar no Sertão
“Sou agricultora desde que nasci, que eu me entendo de gente”, disse Amara Ribeiro, de 42 anos, quando se perguntou sobre sua profissão e seu lugar do mundo. Uma resposta que não é só de Amara, mas de tantas outras sertanejas. Mãe de três filhos cuida da roça e do seu quintal produtivo há anos, mas só nos últimos dois anos participando do Projeto Mulheres na Caatinga, com assessoria da Casa da Mulher do Nordeste, que aprendeu outras formas de plantar e de fazer uma agricultura feminista agroecológica. Da comunidade de Pau Leite, São José do Egito, ela passou a conhecer melhor o bioma Caatinga, e passou a colocar folha seca do chão e estrume para que a planta consiga sobreviver aos longos períodos de estiagem. Dona Amara conta que antes apenas cavava a terra e plantava a muda. E assim fez o seu quintal produtivo com muito pé de frutas, como: cajueiro, mangueira, goiabeira, graviola, acerola, limão, laranjeira, bananeira. E também outros produtos como: capim santo, palma, macaxeira, mandioca, coentro, alface, cebolinha. E completa sua área com a criação de pequenos animais, a exemplo das galinhas e porcos. A vida das sertanejas é de muita sabedoria, e foi baseado nesse saber que o projeto Mulheres na Caatinga, que contou com o apoio do Programa de Pequenos Projetos Ecossociais (PPP-ECOS), gerenciado pelo Instituto Sociedade, População e Natureza (ISPN), também priorizou a troca e as experiências das mulheres no campo. “Aprendemos a fazer doce, como o de leite, sabão, a polpa de fruta. As 10 mulheres que participaram do projeto daqui da comunidade vão formar um grupo. Do que aprendemos vamos decidir por fazer algo que nos dê renda”, contou Amara Ribeiro que também depende de programas sociais para sobreviver. Das oficinas sobre gênero, também pontuou que os diálogos com o marido foram necessários. “Agora a gente faz o que quiser e antes era se o marido permitisse. As oficinas abriram meus olhos, e falo para meu marido que as coisas modificaram e que a escravidão já passou”, disse. Outra tecnologia que beneficia a vida das mulheres e também a conservar o bioma caatinga, é o fogão agroeocológico, que desenvolvido pela Casa da Mulher do Nordeste é replicado para outras mulheres em forma de oficinas. “Quando temos reunião lá em casa, a gente sempre está conversando sobre nossas vidas, sobre o bioma caatinga, sobre o fogão agroecológico. Que não vamos mais comprar o pão, nós vamos fazer eles, assim como os bolos e assar carne. Esse fogão não tem fumaça, vai ser maravilhoso”, completou. Fonte: Assessoria de Comunicação da Casa da Mulher do Nordeste
quarta-feira, 20 de julho de 2016
Juiz de Casa Nova (BA) determina despejo de 400 famílias de Fundo de Pasto
A decisão beneficia ex-diretor do SAAE de Juazeiro investigado pela operação "Boca de Lobo" da polícia Federal
O juiz da Comarca de Casa Nova (BA), Eduardo Padilha, publicou sentença no último dia 11 de julho, que ameaça expulsar famílias que há mais de 150 anos ocupam a área de Fundo de Pasto conhecida como Areia Grande, que possui 26 mil hectares e abriga cerca de 400 famílias. A sentença nega o pedido do Estado da Bahia de reconhecimento da terra da comunidade como devoluta e determina a posse da área em favor dos empresários Carlos Nisan Lima Silva e Alberto Martins Pires Matos, este último ex-diretor do SAAE de Juazeiro e um dos investigados na Operação “Boca de Lobo” da Polícia Federal.
Em 2008 uma decisão do mesmo juiz causou amplo clamor social, quando policiais e prepostos dos empresários invadiram a área ocupada secularmente pelas comunidades, destruíram casas, chiqueiros, currais, roçados, árvores centenárias da caatinga, milhares de metros de cercados, e exigiam imediata retirada de cerca de 3.000 caixas de colmeias de abelhas instaladas no local há mais de 05 anos pelos apicultores das comunidades, levando a prejuízos calculados em mais de um milhão de reais. Misteriosamente, alguns meses depois, uma das lideranças da comunidade, José Campos Braga (Zé de Antero), foi brutalmente assassinada e as investigações até hoje não apontaram responsáveis pelo crime.
A área foi alvo de um processo escandaloso de grilagem em benefício da empresa Agroindustrial Camaragibe S.A, que adquiriu, por meio de fraude, “títulos de posses” na área. Além da fraude no registro, a empresa deixou uma dívida milionária com o Banco do Brasil e foi envolvida no chamado “Escândalo da Mandioca”, de repercussão nacional.
O conflito de Areia Grande também foi pauta de audiência pública realizada pela Ouvidoria Agrária Nacional no município de Casa Nova, com a presença de diversos órgãos do Estado e levou a deflagração, pela Coordenação de Desenvolvimento Agrário - CDA, de uma ação discriminatória administrativa rural para investigar a grilagem, a qual concluiu que as terras reivindicadas pelos empresários eram públicas devolutas e que os registros de terra em nome dos mesmos eram nulos. Tais irregularidades também foram reconhecidas pela Corregedoria do Tribunal de Justiça do Estado da Bahia, que após realizar inspeção no Cartório de Registro de Imóveis da Comarca determinou o bloqueio das matriculas da área em litígio.
No entanto, o Juiz Eduardo Padilha, deliberadamente, desconsiderou todo esse conjunto de provas e proferiu sentença afirmando que a área é propriedade privada dos empresários e negando assim o pedido do Estado da Bahia. Na mesma decisão o magistrado determina ainda que os empresários sejam imitidos na posse na área, com uso de força policial.
Fonte: IRPAA
sexta-feira, 8 de julho de 2016
O que o povo brasileiro perderá com o golpe?
Uma união de esforços resultou em um levantamento de dados sobre as transformações ocorridas no Brasil nos últimos 12/13 anos
O que motivou nossa iniciativa foi a percepção de que sabíamos muito pouco a respeito de programas e políticas implementados nos últimos governos, enquanto a maioria da população desconhecia a maioria deles, comprovando ter sido uma das falhas mais sérias dos últimos três governos a não implementação de uma política de comunicação que permitisse ao povo brasileiro ter consciência dos incríveis avanços ocorridos nessa fase. Para que tenha noção do que perderá, a população precisa saber o que ganhou e, mais do que isso, precisa entender que esses ganhos foram fruto de vultosos investimentos, de muito trabalho, de Políticas de Estado e não do acaso. A redução de 50% da mortalidade infantil, que salvou milhões de crianças da morte certa em um governo do PSDB, é consequência de um conjunto de prioridades que vão da reformulação do SUS às consultas obrigatórias das gestantes no pré-natal, às creches, passa pelo Bolsa Família, pelas cotas, cisternas do Nordeste...Essa associação tem que ser feita para que o “insight” aconteça.
Se não houver processo associativo, a aprendizagem não ocorrerá. Houve uma revolução no Brasil e o povo não se deu conta! O trabalho está devidamente documentado, com registro de todas as fontes, dos links consultados.... Nossa expectativa é que ele receba outras contribuições, que seja confrontado, que tenha várias “leituras”, mas que, sobretudo, sirva como um instrumento a mais para nos habilitar a, através de um debate intenso e permanente, assumir o protagonismo de nossa História, definindo, enquanto cidadãos e cidadãs brasileiros/as, os destinos do país que nos pertence.
http://www.frentebrasilpopular.org.br/noticias/o-que-o-povo-brasileiro-perdera-com-o-golpe-bc7e/
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