sexta-feira, 17 de junho de 2016

A desertificação cresce em Alagoas

No dia 17 de junho comemora-se o dia mundial de combate a desertificação, que é degradação da terra. No estado de Alagoas, principalmente na região do Semiárido o processo de desertificação vem aumentando, devido às ações naturais, que tem como fator agravante a estiagem prolongada, e as ações humanas com uso de agrotóxico, substituição da vegetação nativa por área de pasto, queimadas. Essas e outras ações de degradação, ao longo do tempo, vêm transformando as áreas de produção para estágio grave e muito grave de desertificação. Os municípios de Maravilha, Ouro Branco, Jaramataia, Minador do Negrão, Major Izidor, Cacimbinhas, Mata Grande, Inhapi, Delmiro Gouveia, enfim, todos os municípios que estão na região Semiárida apresentam áreas em processo de desertificação, no entanto as ações que deveriam ser desenvolvidas nas três esferas de governo Federal, Estadual e Municipal estão bem distantes de combater um mal que vem crescendo. É preocupante a fragilidade nas politicas públicas para combater o avanço do processo de desertificação. Não existe no Estado a lei de combate à desertificação, nem tão pouco é apresentado às ações de implementação do Plano Estadual de Combate a Desertificação (PAE). Ações sistematizadas em um planejamento de curto, médio e longo prazo. O avanço da desertificação interfere na produção de alimento, no êxodo rural, no aumento de preço dos produtos. Ações da ASA em combate a desertificação A Articulação do Semiárido alagoano vem desenvolvendo ações que contribuem para combater a desertificação em um trabalho de formação de educação contextualizada junto a agricultores e agricultoras para convivência no Semiárido. Associado a formação existe o Programa Uma Terra e Duas Águas (P1+2), Programa de Sementes do Semiárido (PMAIS), Programa de Cisterna nas Escolas, Programa Um Milhão de Cisternas e a Rede de Bancos Comunitários de Sementes. Esses trabalhos ainda são pequenos diante do cenário da desertificação no Estado, por isso, é necessário mais politicas publicas de convivência com o Semiarido dentro de um planejamento sistêmico. Não se combate a desertificação com ações pontuais e sim contínuas para ajudar as famílias a conviver no Semiárido.
Eline Souza /Cdecma

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